A Cada Passo

A cada túnel que atravesso eu vejo
As solas que gastei de meus sapatos
Percebo que o caminho é do tamanho dos desejos
E que nada se mantem como em retrato
Nada Não

A cada poço que eu entro espero
Que no fundo haja um chão acolchoado
Que na queda eu fique um pouco mais sincero
Com tudo o que sonhei no meu passado
Balaiá
Baraia dundá
Balaiá

Isso por que
Naquilo que eu creio você não crê
Aquilo que eu olho você não vê
Aquilo que eu busco não foi feito pra você
Naquilo que eu creio você não crê
Aquilo que eu olho você não vê
Aquilo que eu busco não foi feito

A cada espelho que abandono insisto
Por uma melhor sintonia de tempo e espaço
Nos dias em que me mato exorcizo
Fantasmas que alimentam o meu cansaço

A cada amor despedaçado eu penso
Que por trás de duras máscaras a um ser frágil
Vendo a vida queimar feito um incenso
E exalar o seu perfume mágico

Isso por que
Naquilo que eu creio você não crê
Aquilo que eu olho você não vê
Aquilo que eu busco não foi feito pra você
Naquilo que eu creio você não crê
Aquilo que eu olho você não vê
Aquilo que eu busco não foi feito pra você
Naquilo que eu creio você não crê
Aquilo que eu olho você não vê
Aquilo que eu busco não foi feito
Naquilo que eu creio você não crê
Aquilo que eu olho você não vê
Aquilo que eu busco não foi feito pra vender



Credits
Writer(s): Igor Barros
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