Intro Verte

Cala-te palhaço, é só a lua a rir-se de ti mesmo
Cala-te palhaço, é só a lua a rir-se de ti mesmo

Só por achar que estou mais parado do que o Grand Canyon
E por sonhar com safáris lá para o grande Quénia
Faço uma vénia à minha outra personalidade
Que adora andar pedrado ou até mesmo parado
É o ritual habitual
Hoje saiu à rua com o ego, deixa-me só habituá-lo
Eu vi mal ou vi bem, ouvi bem ou ouvi mal
Quando me disseram que o ponto da situação
Tinha de ser eu a situá-lo
Mas eu não sinto mal, antes pelo contrário
Com extra de confiança pus extra no ordinário
Se aquela gueixa deixar hoje queixa-se no santuário
Adultério, como o Crime do Padre Amaro
Um mistério mas sublime como um crime dum padre amado
Mais nasty que um sabre usado por um samurai
A cortar o cabelo à mulher lá pa Timor Lorosae
Um anão com gigantismo
Contradição no liricismo
Sou o Golias que engolias em prol dum final verídico
Atravesso em crawl todo aquele que é pacífico
Em relação a este naufrágio político
Pirata das Caraíbas com uma pinhata de metanfetaminas
Pronto a fazer a festa, é desta que eu chego à meta com minas
Para explodir os sentimentos, eclodir as sensações
De forma a sentir menos e subir as pulsações
Eu acho que já estou a ver a luz ao fundo do túnel
"Cala-te palhaço, é só a lua a rir-se de ti mesmo"
'Tavas tão vulnerável, agora tão miserável
Com a pupila mais inchada que a roda gigante em Dublin
Tenho a alma apedrejada com memórias passadas
Zonzo ando eu, mais dois golos e fodeu
Volta e meia dou meia volta como o estômago deu
Acabo a gregar em Tróia sem nóias, afinal eu
Sei o que presto
E no final eu montei na russa que nem que a vaca tussa
Na montanha russa dá a fuça ao manifesto
No meio da excitação interrompo com a citação:
"Eu acho que a lua se está a rir de ti mesmo"
Enquanto a vaca ri é calada com o meu sémen



Credits
Writer(s): Hélder Sousa
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