Melô do Djavan

Vou fazer café, reclamar do ar
A cidade como um rio é
Uma estrada procurando a outra
Beija a minha boca
Grita em minha boca, boca

Trouxe a euforia dos meus, aforismos
De dizer que Deus é
Um objeto cortante como meu unhex
Como minha gilete, tua bisturi
Mete fundo em mim
Em mim, em mim, em mim, em mim

Jogo meus problemas todos pelo ralo
Ralo de manhã
De manhã, de manhã
Ralo, ralo, ralo
Mas não tenho dinheiro pra gravar meu som
Djavan, Djavan

Faço como posso
Quase que não posso
Faço mesmo assim
Mesmo assim, mesmo assim, mesmo assim
Eu faço como posso
Eu quase que não posso
Não, não, não, não

Ralo, hello, hello, hello
Hello, hello, hello, ralo
Hello, hello, hello

Não adianta
Não é assim: "acorda, levanta, muda tudo"
Não é indolor
Sai sangue, pus, é um absurdo
Eu pus pra fora os bife, uns riff, é
Tive que sacrificar um pouco do meu sono
E do meu estômago
E do meu espelho

Ralo, hello, hello, hello
Hello, hello, hello, ralo
Hello, hello, hello, ralo
Hello, hello, hello

De manhã
Djavan
Hello, hello, hello, hello, hello, ralo
Hello, hello, hello, ralo