Memória do Chão

Cavo a terra com as mãos
Toco meu próprio ventre
Roço a memória do chão
Guardo ela entre os dentes
Vejo um abismo por dentro
Refaço num lance meu próximo passo

Dos filhos sou o forasteiro
A distância não me isenta de nada
Entre os signos sou o ar sensível
O que salva da angústia é manhã, madrugada
Dos signos sou o forasteiro
A distância não me isenta de nada
Entre os filhos sou o ar sensível
O que salva da angústia é manhã, madrugada

Cavo a terra com as mãos
Toco meu próprio ventre
Roço a memória do chão
Guardo ela entre os dentes
Vejo um abismo por dentro
Refaço num lance meu próximo passo

Dos filhos sou o forasteiro
A distância não me isenta de nada
Entre os signos sou o ar sensível
O que salva da angústia é manhã, madrugada
Que cuidado constrói cada abrigo?
Que desejo a gente leva muito além do cio?
Que cuidado constrói cada abrigo?
Que desejo a gente leva muito além do cio?

Toco a terra com a mãos
Cavo o meu próprio ventre
Toco a terra com a mãos
Cavo o meu próprio ventre
Toco a terra com a mãos
Cavo o meu próprio ventre



Credits
Writer(s): André Garcia, Luciano Faccini
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