Autorretrato

O autorretrato do meu próprio retrato
Enquanto me retrato com os meus problemas
Reato os contratos com os fatos vividos
E alço voos, sou um eterno morfema
Tema de discussão: a fricção entre a realidade e ficção
Morte nas telas ser imitação
Essa limitação: dizer que dizeres sobre os seres que digo
É demarcar limitação
Sendo a definição o ápice da aflição
O cálice da alma: a prole se dar calma
E apólice da causa que confere ao sujeito a mais bela caminha
É saber manter respeito
Presos na estufa, bichos de pelúcia
Aqui ninguém se safa e aqui tudo se suja
Eu pedi flores, me mandaram cactáceas
Logo meus amores não tiveram eficácia

Desculpe as verdades, descubra as verdades
Discuta a disputa, se livre da culpa
Sem treta, meu truta. Não se ire com a pupa
Se vire com as cobras, se insira no jogo e se atire no fogo
Onde quem ladra não morde
Quem brada não fode
Quem cala explode e o verbo entala
Empala na boca do estomago
E a boca do estomago faz da boca senzala
Sei que a boca exala, faz na mente o exilio
Em terra de palmeiras, sabiás trocam tiros
Sabiá que não canta entra em delírio
Sabiás que se calam sem consentir sente o peso do brio
Sem ter medo do frio, onde a chapa esquenta
Sensação de vazio, preenchida com palavras
Todas aos ventos
Me ausento
Me ausento

E o meu passatempo é ser passageiro
Nessa passagem histórica que eu escrevi
Fui o primeiro (fui o primeiro)
Encontrei aqui(aqui), tudo que eu procurava
Mas não sei o que era, eu ainda não defini nada

Nada(hmmm)
Nada(yeaaah)
Nada (nada)
Nada(nah)
Nada, nada, nada, nada
Nada(ohhhh)
Nada, nada
Nada (nada, nada, nada, nada)
Nada
Nada (nada, nada)



Credits
Writer(s): Douglas Vieira Silva
Lyrics powered by www.musixmatch.com

Link