O Homem Duplicado
Costuro os lugares por dentro
Mesmo com a dificuldade de memorizar mapas
Invento um modo de ouvir os ecos de quem já passou por aqui
Pra depois deles forjar o passo seguinte
Fundar o trajeto adiante
Fingir que não há perigo no desconhecido
Minhas lembranças têm estradas que crescem garganta afora
Lá onde as ruas estão cortadas por uma coletiva rotina vertical
O dia é feito de asfalto, ruído e gente
O silêncio atende em endereço fixo
A cidade se fez de telhados e pontes
Mas quem dorme tranquilo debaixo?
Foi preciso desobedecer às placas e andar na contramão
Assim que via a dor engarrafada se avizinhando
Foi preciso desobedecer às placas
Já que elas não sabiam contar onde eu escoaria essa enchente que verte e vibra no meu tórax
Minhas lembranças têm estradas que crescem garganta afora
Tudo aquilo que eu não sei o nome inunda os cantos do bairro
As coisas que eu não sei de onde
Querem sair a plenos pulmões pelas frestas dos dentes
Minhas lembranças têm estradas que crescem garganta afora
Na volta pra casa, mastigar o descanso no hiato da saudade
Na volta pra casa, tem sempre a mesma encruzilhada
Chaves a serem entregues
Portões entreabertos
O olhar estrangeiro vindo do espelho
Na volta pra casa, o vento distraído me ensinou o caminho
Mesmo com a dificuldade de memorizar mapas
Invento um modo de ouvir os ecos de quem já passou por aqui
Pra depois deles forjar o passo seguinte
Fundar o trajeto adiante
Fingir que não há perigo no desconhecido
Minhas lembranças têm estradas que crescem garganta afora
Lá onde as ruas estão cortadas por uma coletiva rotina vertical
O dia é feito de asfalto, ruído e gente
O silêncio atende em endereço fixo
A cidade se fez de telhados e pontes
Mas quem dorme tranquilo debaixo?
Foi preciso desobedecer às placas e andar na contramão
Assim que via a dor engarrafada se avizinhando
Foi preciso desobedecer às placas
Já que elas não sabiam contar onde eu escoaria essa enchente que verte e vibra no meu tórax
Minhas lembranças têm estradas que crescem garganta afora
Tudo aquilo que eu não sei o nome inunda os cantos do bairro
As coisas que eu não sei de onde
Querem sair a plenos pulmões pelas frestas dos dentes
Minhas lembranças têm estradas que crescem garganta afora
Na volta pra casa, mastigar o descanso no hiato da saudade
Na volta pra casa, tem sempre a mesma encruzilhada
Chaves a serem entregues
Portões entreabertos
O olhar estrangeiro vindo do espelho
Na volta pra casa, o vento distraído me ensinou o caminho
Credits
Writer(s): Murilo Ribeiro
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