Muro

Arrancou o coração
Achando que ia se amar
Mas foi engolindo de volta
Que se achou pra gostar
Fez teu mundo sair
Pensou se ter onde ficar
O cheiro do seu amor
Agora é seu próprio ar

Sentada num muro em que destruíram
Colada num fundo em que impuseram
Vidrada num tempo em que o tempo tirou
Deitada na cama de seu inimigos
Calada em poucos ditados antigos
Agora sorriu, pra si mesmo sorrir

Despencou na ilusão
De ter o espelho a guiar
Fechando o seus olhos
Deixando a beleza entrar
Pagou a alma pra ver
E uns três a aplaudir
Tendo em vista o buquê
De flores para lhe servir

Sentada num muro em que destruíram
Colada num fundo em que impuseram
Vidrada num tempo em que o tempo tirou
Deitada na cama de seu inimigos
Calada em poucos ditados antigos
Agora sorriu, pra si mesmo sorrir

Sentada num muro em que destruíram
Colada num fundo em que impuseram
Vidrada num tempo em que o tempo tirou
Deitada na cama de seu inimigos
Calada em poucos ditados antigos
Agora sorriu, pra si mesmo sorrir



Credits
Writer(s): Fábio Schechter
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