País Relativo

País por conhecer, por escrever, por ler

País onde qualquer palerma diz
A afastar do busílis o nariz
Não, não é para mim este país
Mas quem é que bàquestica sem lavar
O sovaco que lhe dá o ar

País dos gigantones que passeiam
A importância e o papelão
Inaugurando esguichos no engonço
Do gesto e do chavão
Mas ainda há quem os ouça, quem os leia
Lhes agradeça a fontanária ideia

País amador do rapapé
Do meter butes e do parlapié
Que se espaneja, cobertas as miúdas
E as desleixa quando já ventrudas

O incrível país da minha tia
Trémulo de bondade e de aletria

Desaninhada a perdiz
Não a discutas, país
Espirra-lhe a morte p'ra cima
Com os dois canos do nariz



Credits
Writer(s): José Castro
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