Confesso Que Errei
Se a tragédia aconteceu
Não foi por falta de aviso
Porque minha querida esposa
Sempre teve bom juízo
Insistia cada dia
Que eu tivesse mais cuidado
E ela sempre me dizia
Os pneus nessa barriga
São prenúncios dum enfarte
Vê se paras de comer
Essa comida da pressa
Depois pode já ser tarde
Por favor deixa-te dessa
E acrescentava com carinho
Vê se arranjas mais juízo
Olha bem p'rá tua idade
Não te esqueças das pastilhas
Não te enerves na cidade
Guia o táxi devagar
Hoje anda tudo tão louco
Que todo o cuidado é pouco
Por favor não venhas tarde
Não me deixes assustada
Meu amor, tem cuidado
Que não te aconteça nada
Não venhas tarde
E eu fiz-me à estrada na alva
À procura do cliente e lucro
Na selva, no mundo do auto-imóvel
Nas circulares que não circulam nada
Na chuva ácida, no tempo escasso
Perdi a voz e a calma a apitar à gente
No meio de insultos, de gritos – seu palerma
Na louca raiva dum acidente
Nos formulários pouco amigáveis
Foi de repente
A dor no peito
Caí no chão
Quebrou-se a mola
E caiu-me a mão
E eu senti uma paz
E senti-me livre
Das dores no peito
Flutuei no ar
E fiquei a olhar
Meu corpo hirto
Vieram p'ra lutar comigo
Uns homens de branco
A soprar-me a vida
E eu tive que escolher
Regressar ao corpo
Ou então ceder
E eu cedi
Já não posso mais
Desculpa eu partir assim
Não esperes por mim
Já não volto atrás
Já não vou jantar ao pé de ti
Vou ver o fim do túnel
Vou devagarinho
Sinto ao fundo alguém
Um ser de luz a esperar por mim
Vou passar a porta
E saber enfim
Então eu vi
Não foi por falta de aviso
Porque minha querida esposa
Sempre teve bom juízo
Insistia cada dia
Que eu tivesse mais cuidado
E ela sempre me dizia
Os pneus nessa barriga
São prenúncios dum enfarte
Vê se paras de comer
Essa comida da pressa
Depois pode já ser tarde
Por favor deixa-te dessa
E acrescentava com carinho
Vê se arranjas mais juízo
Olha bem p'rá tua idade
Não te esqueças das pastilhas
Não te enerves na cidade
Guia o táxi devagar
Hoje anda tudo tão louco
Que todo o cuidado é pouco
Por favor não venhas tarde
Não me deixes assustada
Meu amor, tem cuidado
Que não te aconteça nada
Não venhas tarde
E eu fiz-me à estrada na alva
À procura do cliente e lucro
Na selva, no mundo do auto-imóvel
Nas circulares que não circulam nada
Na chuva ácida, no tempo escasso
Perdi a voz e a calma a apitar à gente
No meio de insultos, de gritos – seu palerma
Na louca raiva dum acidente
Nos formulários pouco amigáveis
Foi de repente
A dor no peito
Caí no chão
Quebrou-se a mola
E caiu-me a mão
E eu senti uma paz
E senti-me livre
Das dores no peito
Flutuei no ar
E fiquei a olhar
Meu corpo hirto
Vieram p'ra lutar comigo
Uns homens de branco
A soprar-me a vida
E eu tive que escolher
Regressar ao corpo
Ou então ceder
E eu cedi
Já não posso mais
Desculpa eu partir assim
Não esperes por mim
Já não volto atrás
Já não vou jantar ao pé de ti
Vou ver o fim do túnel
Vou devagarinho
Sinto ao fundo alguém
Um ser de luz a esperar por mim
Vou passar a porta
E saber enfim
Então eu vi
Credits
Writer(s): José Castro
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