Reflexo
BK, Cabelinho, Bloco 7
É o rap, é o funk
Ainda, há
Passa nada e nem pode
Muita fé, meu mano
Vamo' que vamo'
Piei, ainda
Minha nossa senhora
Essa madrugada nem deu pra dormir (nem deu pra dormir)
O barulho do águia sobrevoando me fez despertar (me fez despertar)
Passou no jornal a polícia invadindo
E claro que eu ouvi (claro que eu ouvi)
A troca de tiro impede outra vez do meu filho estudar
Quem te enganou que o favelado tá seguro dentro da sua própria casa?
Quem me garante que uma bala perdida
Na hora do tiroteio nunca vai me achar?
É por isso que o governo brasileiro
Na visão do favelado, é uma piada (do favelado é uma piada)
Tanto sonho interrompido, mais um coração partido
Eles fizeram muita mãe chorar
Destrava (destrava), deixa na agulha, Kalashinikov
Repara (repara), o caveirão e a barca da Choque
Eles trazendo o cheiro da morte (o cheiro da morte)
Virou rotina esse corre-corre (o corre-corre)
E, nessa hora, o morador que sofre (sofre)
Deixo avisado que eu não acredito
Que exista um conto de farda (não, não)
Auтoridade que era pra me proteger sobe o morro e me mata
Luto e luta das balas achada (das balas achada)
E o arrombado de terno e gravata (de terno e gravata)
Que autoriza essa guerra na minha favela enquanto outra bala se acha
Essa é minha realidade
É o reflexo que nós passa no morro (que nós passa no morro)
É bonita a paisagem
Mas é feio como tratam meu povo (como tratam meu povo)
Essa é minha realidade
É o reflexo que nós passa no morro
É bonita a paisagem
Mas é feio como tratam meu povo
BK, ei
Quanto dos nosso ainda vai morrer pra essa guerra se acabar?
Quantos João Pedros e Agatha na mira dos medos e HK?
Quanto mais tempo eu vou dizer e você vai fingir não me escutar?
É melhor aprender a não fazer, pois estou aprendendo a me vingar
Até onde vidas negras importam?
Palcos, quadras ou nos seus fetiches?
Ou empregadas em BRT e vans lotadas
E madame mandada mata de COVID
Até onde vidas negras importam?
Hashtag que as blogueiras racistas postam
Eu vou de Ademar Luquinhas, Santiago Raul, Luyara
Esse tipo de influência e resistência, propósito
Se não entende o que eu falo
Só imagina se isso fosse ao contrário
Sua vizinha com o filho morto nos braços
Que deixou mais um recém nascido
E isso com 18 mal completados
Eu quero ver bocas sorrindo
Mentes se abrindo, algemas caindo
Pra que a mãe não chore mais pelo filho
É por isso que eu rimo, fé
Essa é minha realidade
É o reflexo que nós passa no morro (que nós passa no morro)
É bonita a paisagem
Mas é feio como tratam meu povo (como tratam meu povo)
(Fé, fé)
Essa é minha realidade
É o reflexo que nós passa no morro
É bonita a paisagem
Mas é feio como tratam meu povo
É o rap, é o funk
Ainda, há
Passa nada e nem pode
Muita fé, meu mano
Vamo' que vamo'
Piei, ainda
Minha nossa senhora
Essa madrugada nem deu pra dormir (nem deu pra dormir)
O barulho do águia sobrevoando me fez despertar (me fez despertar)
Passou no jornal a polícia invadindo
E claro que eu ouvi (claro que eu ouvi)
A troca de tiro impede outra vez do meu filho estudar
Quem te enganou que o favelado tá seguro dentro da sua própria casa?
Quem me garante que uma bala perdida
Na hora do tiroteio nunca vai me achar?
É por isso que o governo brasileiro
Na visão do favelado, é uma piada (do favelado é uma piada)
Tanto sonho interrompido, mais um coração partido
Eles fizeram muita mãe chorar
Destrava (destrava), deixa na agulha, Kalashinikov
Repara (repara), o caveirão e a barca da Choque
Eles trazendo o cheiro da morte (o cheiro da morte)
Virou rotina esse corre-corre (o corre-corre)
E, nessa hora, o morador que sofre (sofre)
Deixo avisado que eu não acredito
Que exista um conto de farda (não, não)
Auтoridade que era pra me proteger sobe o morro e me mata
Luto e luta das balas achada (das balas achada)
E o arrombado de terno e gravata (de terno e gravata)
Que autoriza essa guerra na minha favela enquanto outra bala se acha
Essa é minha realidade
É o reflexo que nós passa no morro (que nós passa no morro)
É bonita a paisagem
Mas é feio como tratam meu povo (como tratam meu povo)
Essa é minha realidade
É o reflexo que nós passa no morro
É bonita a paisagem
Mas é feio como tratam meu povo
BK, ei
Quanto dos nosso ainda vai morrer pra essa guerra se acabar?
Quantos João Pedros e Agatha na mira dos medos e HK?
Quanto mais tempo eu vou dizer e você vai fingir não me escutar?
É melhor aprender a não fazer, pois estou aprendendo a me vingar
Até onde vidas negras importam?
Palcos, quadras ou nos seus fetiches?
Ou empregadas em BRT e vans lotadas
E madame mandada mata de COVID
Até onde vidas negras importam?
Hashtag que as blogueiras racistas postam
Eu vou de Ademar Luquinhas, Santiago Raul, Luyara
Esse tipo de influência e resistência, propósito
Se não entende o que eu falo
Só imagina se isso fosse ao contrário
Sua vizinha com o filho morto nos braços
Que deixou mais um recém nascido
E isso com 18 mal completados
Eu quero ver bocas sorrindo
Mentes se abrindo, algemas caindo
Pra que a mãe não chore mais pelo filho
É por isso que eu rimo, fé
Essa é minha realidade
É o reflexo que nós passa no morro (que nós passa no morro)
É bonita a paisagem
Mas é feio como tratam meu povo (como tratam meu povo)
(Fé, fé)
Essa é minha realidade
É o reflexo que nós passa no morro
É bonita a paisagem
Mas é feio como tratam meu povo
Credits
Writer(s): Dj Juninho, Abebe Bikila Costa Santos, Ariel Goncalves Donato Dos Santos, Victor Hugo Oliveira Do Nascimento, Raphael Celino Calazans Portugal
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