Movimento

Os que têm a sensibilidade e a frieza na hora de olhar o mundo
Serão os responsáveis pelos outros olhares
Os que nada temem, serão responsáveis por corajosos e covardes
Ser a força, o amor, o poder, a sabedoria
E a luta pela liberdade só acabe quando ela for encontrada
Para que a nossa poesia não seja mais escrita com sangue

Eles mataram Pac, mataram Big
Eles querem matar um mano que resiste
Eles mataram Pac, mataram Big
Eles querem matar um mano que resiste

E nós queremos ser livres
E nós queremos ser livres
E nós queremos ser livres
Nós queremos ser livres

Pense no preço que é fazer alguém pensar
Num mundo onde botam um preço na cabeça de quem pensa
Eu pensando milhares, centenas
Sistema pensando na minha sentença

Botaram as drogas no meio dos Panteras
Baixa autoestima no meio das negras
Maldições em nós por várias eras
E hoje nós que somos bruxos, feiticeiras

Malcolm X, eu não tô bem com isso
Mataram Marielle e ninguém sabe o motivo
Na real, todos sabemos o motivo
É o mesmo de nenhum dos meus heróis continuar vivo

E eles falam que o nosso som incomoda
Mas o mundo, ele melhora
É que nóis somos tipo as obras (somos tipo as obras)
E nós sabemos bem como eles são com as obras

Se os irmãos se unissem, ahn
As guerras entre nós e a gente sumisse
Depois desse verso, vão me estranhar, é certo
Mas o que me entenderem vão ver que não é maluquice

Vou ser caçado, tipo um animal raro
Tipo um tênis caro, por tirar autoestima dos cria do ralo
Eles botaram ratoeira, mas não sou rato
Botaram cerca, mas não sou gado

Mandam tu se calar, nunca abaixe o tom
No show, nós somos Martin Luther King em Washington
Manifestações, libertar mentes e pulsos
Buscando soluções, fim dos choros e soluços

Vamo derrubar o nome dessas ruas, dessas estátuas
Botar herói de verdade nessas praças
Se tu se expõe muito, plá, toma sem cara
Mas lutamos, há, Thomas Sankara

Minha mãe ora por mim assim que saio de casa
Inimigos oram por eles quando eu saio de casa
Se isso é um bueiro, daqui vamos vazar
Se é um tabuleiro, avançamos casas

Eles gostam quando preto dança, grita, chora
Eles temem quando um preto pensa
Eu sigo pé no chão, não pra que não me perca
É pra dar impulso pro salto, eu quero ver me pegar

E o que falavam que era um mundo, eu sabia, não era um terço
Tipo um bebê que não aguenta ficar no berço
Cês dão porrada, espera abraço
Se tudo termina em pizza, que a pizza fique em pedaços

Eles mataram Pac, mataram Big
Eles querem matar um mano que resiste
Eles mataram Pac, mataram Big
Eles querem matar um mano que resiste

E nós queremos ser livres
E nós queremos ser livres
E nós queremos ser livres
Nós queremos ser livres



Credits
Writer(s): Abebe Bikila Costa Santos, Jonas Ribeiro Chagas
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