Sampa Midnight

Sampa midnight
Eu assessorado de mais dois chegados
Bartolomeu, Ptolomeo
Partimos pra comemorar
Não lembro o que numa boa boate

Escabrosa noite
Deu blackout na Paulista, breu no Trianon
Cadê o vão do museu? Sumiu
Meu Deus do céu!
Que escuridão (que escuridão)

Três seres transparentes baixaram não sei de onde
Imobilizando a gente (em cima da gente)
E gritando: Não somos gente!

Brilhavam, não tinham dentes
Traziam cortantes tridentes incandescentes
Nas frontes três chifres
Falavam rapidamente com gestos intermitentes
Simultaneamente sons estridentes incríveis

É Sampa midnight
Eu chumbado com mais dois embriagados (vários, Élcio)
Ptolomeo, Bartolomeu (Bocato)
Quisemos levá-los prum bar (Gigante)
Mas qual o quê? Tomamos xeque-mate (Denise)
Rui, Luiz Raio laser (Paulinho Lepetit)

Tenebrosa noite
Faltou light na Paulista (Tonho Prenhasco)
Breu no Trianon, cadê a Consolação?
Escureceu o museu (sumiu, meu Deus do céu)
Onde está o chão?

Um trio intrigante (transparente)
Desceu do céu num instante
Chegou intimando a gente e berrando (gritando)
Não somos gente!

Cantaram de trás pra frente
Letras fortes, indecentes
Músicas bem excitantes
Provocantes, rumbas, funks

Cantaram de trás pra adiante
Uns reggaes bregas de breque chiques
Bastante pique (breques, bastantes pique)
Sambas de roda chocantes

Sampa midnight
Eu assessorado de mais dois chegados
Bartolomeu, Ptolomeu
Partimos pra comemorar não lembro o quê



Credits
Writer(s): Itamar De Assumpcao
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