Amanticida

A gente nasce

Vai crescendo
Vai crescendo
Até atingir a adolescência

Começa um fogo por dentro

Que vai queimando, que vai queimando

E uma inexplicável e violentíssima
Atração pelo sexo oposto

Daí até a morte é um Deus nos acuda

Eu vivo tentando saber
Por que teu bem-me-quer de mulher
Me mata e me acende
Quando você bem entende

Me arrasta daqui pra Ba-bagdá
Me empurra pra lá, me puxa pra cá
Me arrasta daqui pra Ba-bagdá
Me empurra pra lá, me puxa pra cá

Me agita, me sacode
Você me deixa até grogue
Emito intrépidos grunhidos tímido
Intrépidos grunhidos de felicidade
Grunhidos de felicidade

Me masca, estica, tira o doce
Depois me cospe, me liga, me desliga
Liga lâmpada de poste

Me bate três vezes por dia
Bate forte, mais dez de noite
Provoca esquizofrenia, tanto que me bate
Me dá pontapés, me dribla pra lá, parece Pelé
(No Morumbi, Maracanã, Pacaembu)

Escracha, roga praga, enrosca, mete a boca
Me rasga a roupa, louca
Vampira, amanticida
Fera, bruxa, madrasta, amanticida

Amanticida, amanticida
Amanticida
Amanticida, amanticida
Amanticida (bicha)

Amanticida (sapatão)
Amanticida, amanticida
Amanticida, amanticida
Amanticida (homem, mulher)

Amanticida, amanticida
Amanticida (amada que mata amante)
Amanticida, amanticida
Amanticida



Credits
Writer(s): Itamar De Assumpcao, Marta Rosa Amoroso
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