Inverno Andarilho

O dia acordou a trovejar
O pátio da escola a transbordar
Inverno vagabundo soprou de madrugada
O seu perfume de terra molhada

Alice rabisca na janela embaciada
Ficou em casa constipada
Pontinha de febre, o nariz a pingar
Arrepios de frio
A tossir e a espirrar

Este inverno friorento que nos fecha em casa
Num bater de asa
Este Inverno Andarilho navega à solta
É um inverno peregrino, dono do seu destino
Que agora está de volta

Cansado bocejou um salpico rabugento
Nuvens varridas pelo vento
Inverno imperador de trovoadas
Tempestades nas terras geladas

Na estrada chuvinha a saltitar
Pétalas de nada, lágrimas de mar
Crianças com galochas nas poças de água
Guarda-chuvas em duelos de espadas

Este inverno friorento que nos fecha em casa
Num bater de asa
Este Inverno Andarilho navega à solta
É um inverno peregrino, dono do seu destino
Que agora está de volta

Chove chuvinha, chuvinha
Chove chuvinha, chuvinha
Inverno bailarino numa dança de roda
Chove chuvinha, chuvinha
Chove chuvinha, chuvinha
Inverno transparente num jardim de rosas



Credits
Writer(s): Jorge Courela
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