Sede

A sorte me trouxe água
Porque eu tenho sede de viver
A vida é o que me acalma
Querendo tudo sem perder
Mas o que importa nessa vida
Nunca para de bater
E o que bate é na medida
Que a vida deixa de viver

A dor me trouxe a raiva
Que explodiu na minha mão
E com o silêncio me veio a calma
Pra nascer uma nova rebelião
Porque a vida faleceu
E agora sempre vai lembrar
Da morte que me salvou
E da crise que virou rotina

E agora? bem na hora H
E a glória? de viver até o fim
Sem nenhuma recompensa

E a culpa? E a culpa? E a culpa?

A culpa me desprendeu
Um sentido sem direção
Da inocência que ficou
Tempos de repressão
E agora quando volto
E lembro do meu lugar
Da espada que cortou na carne
E da bandeira que não era minha

E agora? onde é que eu vou parar?
Lá fora, a máscara que te esconde
E te entrega uma fantasia

E agora? onde é que eu vou parar?
Lá fora, a máscara que te esconde
E te entrega uma fantasia