04 - Mais

Não estou à procura de um tacho, para ser tachado por seitas
Não preciso ser receita de grandes receitas
Nem preciso ser aceite por quem tu aceitas
Só quero fazer do meu jeito, quando mesmo assim rejeitas

O álbum que já nem me soa tão bem assim
Tantos anos a cria-lo, surgem dúvidas agora em mim
Enfim, eu vejo como tudo termina no fim
Apenas criam como um meio para atingir um fim

Pondero o meu fim, vejo o sonho por um fio
Entre o microfone e este beat onde eu crio
É a morte do artista como disse o vosso brow Sacik
Anda tudo a chupar dick pra ter a face num hit

Está tudo no face, são tipo a clic do click
Eu dou-lhes kick na face, não faço parte dessa shit
Porque de onde eu vim nunca houve nada
Nada! De mão beijada

Knowledge não vende, eles querem vendar Portugal
Porque só são meia dúzia a vedar o capital
Mas ainda há rappers que te sabem instruir num instrumental
Tal e qual... Vai ouvir Tribal

Se agora a música é descartada como algo fútil
Gajos batem à descarada, com som inútil
Vão na busca do nada, que é vendido ao kilo
Na industria que é cunhada guita é cunha como Oh tio

Sabes, daqueles dias em que já não sabes nada
Tudo corre mal numa sorte malvada
Derrocada de emoções nessa estrada
Perdes-te em canções tu e os teus botões toda a madrugada

Vi parolos em paradas de mentes paradas a mais
É que as vezes mais é menos, e menos é mais
Assim sem mais nem menos
Ya meu puto nem mais

Não quero mais sentir
Não quero mais sentir
Não quero mais sentir
Não quero mais sentir
Não quero mais sentir
Não quero mais sentir
Não quero mais sentir
Já não faz mais sentido

Não quero mais sentir
Não quero mais sentir
Não quero mais sentir
Não quero mais sentir
Não quero mais sentir
Não quero mais sentir
Já não faz mais sentido
Já não faz mais sentido
Não quero mais sentir

Uma sala de troféus também pode ser prisão
Se memórias forem réus, o tempo é juiz que não aceita o teu perdão
Com a frieza da ampulheta no martelo que ao bater te faz ver
Que tudo o que viveste, não voltas viver

Tudo o que viveste, não voltas a viver
Não voltas a viver, e eu vim ver

Hoje eu vejo tanta técnica, mas o que é feito da ética
Quando a relva é muito verde, pode ser sintética
Vejo muito rapper fat em lírica anorética
Tudo pela estética

E eu só quero... e eu só quero, eu só quero

Fazer da vida musica, com musica p'ra vida
Fazer do drama e do trauma uma trama p'ra ferida
Duvidando da dúvida ou dádiva quando Veneno cativa
Na língua da víbora que vibra em forma de diva

A minha forma de abordar a burguesia não é simpatia
Porque a demasia de arrogância dá-me azia
Vou cortar na cortesia, ser direto em poesia
Sem discreto na rotina do meu dia dia
Para um dia vingar toda a porcaria
Que eu passei no meu passado pisado marcado
Com marcas que eu não queria
E só depois plantar uma estadia mais estável para a vinda de uma cria
Quem sabe um dia

Não quero mais sentir
Não quero mais sentir
Não quero mais sentir
Não quero mais sentir
Não quero mais sentir
Não quero mais sentir
Não quero mais sentir
Já não faz mais sentido

Não quero mais sentir
Não quero mais sentir
Não quero mais sentir
Não quero mais sentir
Não quero mais sentir
Não quero mais sentir
Já não faz mais sentido
Já não faz mais sentido
Não quero mais sentir



Credits
Writer(s): Sérgio A.
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