Os Pitbull do Ano, Pt. 2

Enquanto ela me chupa
E eu pensando no dinheiro que ainda tá em jogo
Jóias distribuídas por todo seu corpo
Me olha no olho, provoca o instinto

Diz que nunca fudeu com outro igual fudeu comigo
Preta, massagear meu ego é algo perigoso
Diz que meu negócio é tão misterioso
Essa é a principal razão de ser tão lucrativo

Eu lembro que eu fiquei de mal com Deus com dezesseis
Mais um pretinho na encruzilhada
Drogas na porta da escola
E alguns crimes hediondos na rua de casa

E nos deixaram às sobras
Entre o crime e o futеbol nessa bolha fechada
Fé cega, faca amolada
Entrе o tiro na cara e o tapinha nas costas

É que são consequências dessa vida
Uma da manhã e cinco dígito no banco
Eu tô me embriagando
E o celular apitando com as mensagem das bandida

Tô com a minha quadrilha
Lobo só anda com a matilha, esse é meu bando
Covil, fugimos do canil
E vocês vão presenciar os pitbull rosnando

(Só pitbull de raça)
(Só, só pit)
(Só pitbull de raça)
(Só, só pit)
(Só pitbull de raça)
(Só, só pit)
(Só pitbull de raça)
(Só, só)

Por dois minuto eu me desligo desse mundo
Que nem sequer percebi que o beat já começou
Tanto tempo fazendo essa mesma fita, rimando esse mesmo assunto
Tentando provar somente quem eu sou

Não vem com esse papo que importante é competir
Que essa desculpa cês usaram pra eliminar a gente, bro
Os pitbull do ano novo, o assobio do corvo
Te mostro o lado sombrio da volta dos rock-n-roll

Ó quem tá aqui, mozão, teu super-herói da Marvel
Terror desses MC's exibido
Eu sempre fui assim, sempre protegi minha bih'
Nunca abandonei minha mãe, esse é meu lado bandido

Sou o tipo de pessoa que não quero ser você
Se do Bolsonaro você for o eleitor
Mas aí tanto faz, cada um sabe o que faz
Meu povo sempre sangrou na mão desse matador

Maldita raça que nos fez de escravo
Querem saber até como eu escrevo
Munição de inimigo eu esquivo
Vem dançar com nós e vê se evita a morte
Que eles te caçam como um cervo

Muito mais poético, meu som faz o cântico
Dos louco, dos de raça, dos romântico
Sempre fui eclético, geralmente exótico
Baviera tá puto, não faz mais rap romântico

(Só pitbull de raça)
(Só, só pit)
(Só pitbull de raça)
(Só, só pit)
(Só pitbull de raça)
(Só, só pit)
(Só pitbull de raça)
(Só, só pit)

Príncipe moderno de moto, sorrindo pra foto
Acelero com o copo na mão
Favela da J, cuidado, os cria odeia fofoca
Eu vivo como eu quiser, não me importo

Quem fala mal de mim tá com inveja ou quer minha piroca
Eles querem saber como o favelado foi pra Europa
Três da madrugada, tropa segue trabalhando
Vou morrer fazendo rap ou roubando banco

Ainda sigo paqueando, quem que 'tá me olhando?
Querem ter minha vida, mas não vejo trabalhando
Tô na meta de fazer tanto dinheiro
Que o vizinho fofoqueiro vai achar que eu tô traficando, tô nem ligando

Fé, não tô mais puto esse ano
Férias, Acapulco esse ano
Querem ser os pitbull do ano
Vai tomar no cu, tô nem ligando

Nunca fui santo, também nunca quis ser um exemplo
Mas hoje vários menor vê o que eu canto
Muito papo reto causa espanto, é o trem-bala sem freio
Sai do meio, cai pro canto ou troca seu argumento

(Só pitbull de raça)
(Só, só pit)



Credits
Writer(s): Pedro Felipe Baviera, Rodrigo Freitas Fernandes Morais, Arthur De Jesus Leal
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