Mil Motivos

Os cães ladram
Mas a caravana passa
Ao redor da cidade
Toda essa fumaça
Pra quê compor
Uma canção
de amor se eu
Posso falar bem
Melhor da minha dor
De ser incompleto
Ter prazer e ser
Tão feroz.
Da varanda já é noite
E o que se passa?
As pessoas
Se destroem pra
Se divertir
Não tenho mais
Nenhum dos
Mil motivos
Que eu tinha
Para sorrir
Até você que me
Ajudou com
Meus castelos
De areia
Você que pôs
Em mim toda
Essa teia
Me disse que
As nuvens não
Eram de algodão.

Os carros passam
Tudo é tão
Impessoal
Tudo é tão
Sem cor
E sem mistérios.
Todo dia que
Se passa
Toda hora que
Se atrasa
Cada minuto faz ruir
O que eu
ainda tenho.
Nada é tão
Convencional
E eu nunca
Estive em promoção.
Porquê tudo
Era azul
E ficou tão cinza?
Não tenho mais
Nenhum dos
Mil motivos
Que eu tinha
Para sorrir.
Eu queria tanto
Te mostrar
Os meus
Castelos de areia
Te envolver
Toda em
Minha teia
E passear com você
No meu jardim do Edem.
Eu queria
Tanto te
Mostrar os
Meus castelos de
Areia te envolver
Toda em minha
Teia e passear
Com você
No meu
Jardim do Edem



Credits
Writer(s): Gustavo Milfont, Gustavo Milfont Vieira Da Costa
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