Da Janela II

O que tu tanto olhas, eu não sei
Por que me dás as costas, eu bem sei

Com a leveza que se esvai
Como um véu de voil
E a pureza de um cais
No mar azul-celeste celestial

São sempre tantas nóias, night and day
Só pensa em dar o stop, e nunca o play

Com a certeza de que nós
Não estamos legal
E a frieza que nos dói
Como se fosse o final

Ou como se fosse normal
Como se fosse natural
De tão sem sal

Quando se olha da janela
É que se vê preso atrás dela
De que vale uma vista tão bela
Se estamos trancados na cela?

Quando se olha da janela
É que se vê preso atrás dela
De que vale uma vista tão bela
Se estamos trancados

O que é que tem debaixo desses teus
Mares de conchas e cachos, ai meus eus

São luzes e sombras
Lisos ou ondas
Que me deixam zonzo
Pra em ti mergulhar
Mas não dá (mais)

No vidro jaz um reflexo Salvador
Dalí depois do infinito do amor

O horizonte em desalinho
Não é ilusão
Que de sempre retilíneo
Desencanta o menino e seu coração

Desencantou
Do coração da menina
Desencantou
O coração do menino
Disse e cantou

Quando se olha da janela
É que se vê preso atrás dela
De que vale uma vista tão bela
Se estamos trancados na cela?

Quando se olha da janela
É que se vê preso atrás dela
De que vale uma vista tão bela
Se estamos trancados?

Quando se olha da janela
É que se vê preso atrás dela
De que vale uma vista tão bela
Se estamos trancados na cela?

Quando se olha
É que se vê preso
De que vale essa vista
Se nós tamos trancados?



Credits
Writer(s): Leonardo Rocha
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