Alarme

Na fagulha que some ao sol
No talento da destruição
No tronco mais belo e raro tão caro é o preço que se há de pagar

Na sentença de morte do céu
Na presença de vida no chão
Na aurora que se envenena pequena lembrança que se há de restar
Aos nossos filhos
E aos filhos que virão

Ainda tem água de sobra
Pelo menos pra durar alguns anos
Ou sei lá alguns meses

Mas não é nada grave não
Nada alarmante não
Fique tranqüilo pois neste momento não nos atinge

Só que atingirá
E consumirá
Desperdiçará
Em meio a toda a nossa indiferença

E este o sol que te dora a pele ainda dá pra agüentar
Esse ano já teve mais quente, mas dá pra agüentar
E ainda dará
por mais alguns anos
Ou será, alguns meses

Mas não é nada grave não
Nada alarmante não
Fique tranqüilo pois neste momento não nos atinge

Só que atingirá
E consumirá
Desperdiçará
Em meio a toda a nossa indiferença

Só que atingirá
E derreterá
Evaporará
Em meio a toda nossa alienação



Credits
Writer(s): Angelo Grigorini, Igor Almeida, Joao Junior, Mario Caezar, Mário Henrique Caezar
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