Cidade Sem Rumo III

Cidade sem rumo
O caos no consumo
Trampando igual o terceiro turno
Porra, mais uma noite que eu mal durmo

São três da matina
E eu refinando versos puros
Propinas passando por gasoduto
Produto Interno Bruto

Fruto da árvore que chora
No centro, um prédio redondo
Viaduto e bairros isolam
O povo sob o teto do abandono

Uns desviando verbas
Outros à espera do próximo abono
Uns promovendo festas
Apropriando-se do que o movimento gera
Com o nosso pseudônimo

Cidade industrial
Terceira no ranking de homicídios
Políticos preso pela Federal
Outros apostando no jogo do bicho

Jogaram os corpos nos carros da Abrantes Ambiental
E desovaram no pinho
O pobre morre na fila do Hospital Geral
Sujo, estilo fraudes em licitações do lixo

Superfaturamento de contratos
Políticos merecem super fraturamento dos braços
Me sinto enlatado nesse ônibus lotado
Stress em ondas de rádio (Estado precário)

Cidade é um caos do caralho
E o povo vem sendo enganado
Por seres tão mal encarnados

Eles têm medo de saber até onde podemos chegar
O que pensaram de mim jamais vou desejar
Árvores que dão bons frutos é fácil apedrejar
Mas estamos na selva de pedra, eles não conseguem enxergar

Eles têm medo de saber até onde podemos chegar
O que pensaram de mim jamais vou desejar
Árvores que dão bons frutos é fácil apedrejar
Mas estamos na selva de pedra, eles não conseguem enxergar



Credits
Writer(s): N.a
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