Carne Doce

Eu deito meu olhar
Na tua pele branda
O teu colo branco
Invade o meu pensar

Me ponho a navegar
Na tua carne doce
Penso então se fosse
Meu teu suspirar

Nesse instante eu um homem já formado
Sou refém, sou sequestrado
Desmontado em pleno bar
Açoitado pelo véu dessa presença
Tão solene quanto densa
A me hipnotizar

Desfaço ao orbitar
Os teus olhos negros
Poço dos apelos,
Donos do lugar

Escapo ao divagar
O teu lábio grosso
Desço teu pescoço
Em pleno mergulhar

Meu instinto tonto, tão desnorteado
Desfalece arrebatado
Louco só de imaginar
Os segredos desse alguém que acende o dia
E transforma em poesia um simples respirar

Meu instinto tonto, tão desnorteado
Desfalece arrebatado
Louco só de imaginar
Os segredos desse alguém que acende o dia
E transforma em poesia um simples respirar



Credits
Writer(s): Dino Bacciotti
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