Foi Malandro, É

Império sutilmente encontrou
Nas entrelinhas da história
Heróis do aipim, heróis do bacalhau
Tirando a poeira das memórias, que legal
Pero Vaz, escrevendo de mansinho
Asilou o seu sobrinho, inventou o pistolão
E Caramuru não deu chabú, fica a bangu
Na tribo com Paraguaçu
Araribóia loteou Niterói
E fez do índio seu office-boy
Malandro que é malandro bota banca
D. João VI pega o ouro e se arranca
Dizendo: "Ó Pedrito, filho meu,
Segura esse foguete, entendeu?"
Na lei do Chico Rei, o fim justifica os meios
Assim liberou seu povo
Com a poupança do alheio
Chica da Silva empolgou um galego e a nação
Eis D. Pedro levando
Cachaça pro pagode e mulheres pro colchão
Rio Branco dilatou as fronteiras, na surdina
Com barris de vaselina
Barão esperto foi Drummond
Bolou um jogo além de bom
E colocou a bicharada na cabeça da moçada
Com blá-blá-blá, sem bafafá
Quem foi, malandro é, sempre será



Credits
Writer(s): Olimpio Nazareno Do Nascimento
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