Como um Poema

Como um Poema

E nesse mar de gente
Como é que pode alguém encontrar o seu par ideal
Aquela pessoa que vai ser a tal

Brigar de amor no parque
Sorrir depois mais tarde Quando todo o fardo passou
Lembranças tolas formando um amor

Idealizar alguém que seja capaz
de suprir as carências que nos convém
viagem louca nesse trem

Aquela áurea suave que fica na nossa memória
Não dando espaço pra mais ninguém
Não interessa mais ninguém

Seus olhos são como um poema
Ofuscando a lua no mar
Enveredando no meu olhar
Iê iê

Seus olhos são como um poema
Uma força chamando no ar
Nela encontro o meu lugar
Uô uô

Seus lábios são como um poema
Uma fonte doce pra me entreter
Um labirinto pra eu me perder

Seus lábios são como um poema
Embriagando o meu paladar
Um desafio a me instigar

Iê iê Uo uôoo "ainê ainê"
Iê iêe uoôooou "ainêeee"

E a vida nos levou a num ponto encontrar
O que cada um de nós imaginava faltar

Seus olhos são como um poema
(É mais forte que eu posso falar
É mais forte que eu posso falar)
Ofuscando a lua no mar
(Quero num beijo embaralhar o seu ar)
Enveredando no meu olhar
Causar desordem, desequilibrar)

Iê iê

(É mais forte que eu posso falar)
Seus olhos são como um poema
(A sua ternura pinto num altar)
Uma força chamando no ar
(A sua mão desenha o meu destino)
Nela encontro o meu lugar
(A boca rosa se faz meu abrigo)
Uô uô

(É mais forte que eu posso falar)
Seus lábios são como um poema
(Um sentimento para arrebatar)
Uma fonte doce pra me entreter
(Arrebata, é fogo, consome)
Um labirinto pra eu me perder
(Um dilúvio certo é o seu nome)

Seus lábios são como um poema
(É mais forte que eu posso falar
É mais forte que eu posso falar)

Embriagando o meu paladar
Um desafio a me instigar

Iê iê Uo uôoo "ainê ainê"
Iê iêe uoôooou "ainêeee"

(A você, meu amor, desvaneço e suplico.
Aos amantes é lícito vertigens e pedidos.
Tão intenso meu canto, tão flamante meu preclaro tecido
Que o mundo inteiro, amor, há de cantar comigo)
[Trecho de "Ama-me", de Hilda Hilst]

(Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá nas alturas)
[Trecho de "Soneto 116", de William Shakespeare]

(E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude)
[Trecho do "Soneto de amor total", de Vinicius de Moraes]



Credits
Writer(s): Rodrigo E B, Victor Lg
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