Mutum Preto

Cada verso que eu canto tem a força de um baião
Cada coco repicado bate no meu coração
Pássaro preto cantando um canto louvador
Mutum preto nomeante dessa terra de labor

Habitava em nossa terra ave negra imponente
Pele escura como a noite ao cair do sol poente
Os índios Botocudos, dos Aymoré, do tronco macro-jê
Vieram da Bahia e trouxeram o nome e seu axé

1864, Francisco Inácio nessa terra é chegado
Dia a São Manoel consagrado
E o nome do riacho o santo foi lembrado
Essa é minha terra

Capixaba ou mineiro, não se sabia o lado
E esse chão virou terra de contestado
O chão era vermelho debaixo de nossos pés
Sangue desse santo que nomeia o nosso igarapé

Da labuta no trabalho nosso povo foi criado
No batuque da charola outro santo foi lembrado
Mutum preto, nossa terra, ave negra imponente
Pele escura como a noite ao cair do sol poente

1864, Francisco Inácio nessa terra é chegado
Dia a São Manoel consagrado
E o nome do riacho o santo foi lembrado
Essa é minha terra



Credits
Writer(s): Lívia De Lacerda Moreira, Rafael De Lacerda Moreira
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