Desabafo

Na contramão do sistema sigo ouvindo o meu coração
Resolvo meus problemas na trocação
E tô pouco me lixando pro que falam de mim
Esses caras nem me conhecem, nem sabem de onde eu vim, eu
Trago comigo o respeito em primeiro lugar
Não importa onde eu vá, eu sei chegar
Cresci numa quebrada cabulosa
E vim de uma geração que mesmo sem ter nada era esperançosa
Não era igual esses modinhas
Arrota umas regras escrotas e se esconde atrás das linhas
Sou cria das ruas, sagacidade é mato
Por ter ouvido os meus pais hoje eu sou grato
Explosão de lírica, choque de ideias
Flow corrente elétrica fluindo nas artérias
Nas vias aéreas, original boombap
Vou pras vias de fato se falar mal de rap
Chegou sem humildade, te acerto com meu jab
Seu ego tá inflado, mas ainda é estepe
Minha autoestima cresce junto com meu black
Cheguei roubando a cena, me enquadre no 157

Olhando pra baixo, me vendo lá em cima
Das ideias uma ponte
Mentes fracas despacho cultivando rima
A luta não é de ontem
Coração boombap circulando sangue
Pique hemodinâmica
Na veia tem rap e segue o bang
Flow aerodinâmica
Afiando a lâmina
Toma aqui sua liminar
Se moscou não vai constar
Cê vai ter que suportar
É resistência apresentada num conceito diferente
Pela saco não me encosta, já sabe que a chapa é quente
É desabafo nos seus tímpanos, vai ter que aguentar
Hoje cedo meu eu lírico queria me matar
Cansei de me esforçar pra ser um funcionário padrão
Hoje em dia tô lutando pelo sonho de criança
Revoltado com a vida, mas não perco a razão
Pensando tipo Heráclito, em constante mudança
Pra você isso é terror, num é suspense, nem comédia
Poesia bem bolada não encontra na Wikipedia
Cê pode até pensar que o jogo não virou
Mas só depende de mim pra eu alcançar a média
Entrei no seu pesadelo queimando o seu casebre
Pode me chamar de Jason, me encontre na Deep Web

Quem faz sentido é soldado, eu tô aqui pra fazer história
Cansei dos dias de luta, tô buscando nossa glória
Os humilhados serão exaltados, mas não espero minha vez
Eu vou subir essa escada na marra, sem ligar procês
Sem V de vingança, eu quero V de vitória
Medalha de honra ao mérito não vai me servir agora
Eu trago referência, consciência
Convivência, sem latência
Luz vermelha pra lembrar que é tempo de guerra
Eu sei chegar, peço licença
Pra te mostrar minha essência
Só no sapatinho, sem prepotência, o ego te ferra
Cês faca de serra, eu sou katana
Catando as caneta pra contar que eu não conto com quem dorme no ponto



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