F2

Na minha mão futuro vais assim ver
Mas sem noção não sei se o vais entender
A gravidade do que possas não ter
Sem solução prefiro ter-te a rever

Tenho tudo á minha frente
Quando é que o melhoramento
Torna a minha solução num renascimento
De tudo que eu amei
Que por fim eu aluguei
Caminhei por trilhos sem destino e sem lamento
Dei por mim a olhar p'a vida
Só reversa mas a pica
Não anula tudo o que se encontra à minha frente
Entre teclas de F2
Reservei futuro a dois
Pois falidos tamos todos

Num isolamento
Pois a morte dá acento
Assumindo o que no fim nunca muda
E afinal eu sei que tento
Relembrar o de repente
Pois memória só assim não afunda
Caminhei por tudo mesmo sem o valor
Troca-me a reserva pois o dissabor
Caminhante no presente
Só que a história de repente
Troca o sentido no fim ao que cura

Na minha mão futuro vais assim ver
Mas sem noção não sei se o vais entender
A gravidade do que possas não ter
Sem solução prefiro ter-te a rever

Preso neste fim ruim
A refletir se penso assim
Pois se penso logo existo mas não sinto o refletido
Porque vejo-me a chegar ao fim
Preso neste camarim
Ouvir vozes dentro de mim
A fumar o meu produto
No final assim caduco
Dentro deste dia carmesim

Reverente
Sedutor
Passei bem discreto por ti sem ardor
Lentamente
Sem sabor
Será que a minha memória dá mais
Que o teu valor
Mas aceita divisor
E agora sente a cor que queres sentir
Por fim o incolor
Permanece encantador
Finaliza bem história que escrevi

Na minha mão futuro vais assim ver
Mas sem noção não sei se o vais entender
A gravidade do que possas não ter
Sem solução prefiro ter-te a rever