Terrinha Agreste
Numa terrinha agreste
Eu caí de maduro feito um bicho do mato
Cuma fome de três antonti
E a sede de sempre
'Té que parece o nordeste
Só sem beira de praia e jangada
Dois toque sem cerimônia
Ali passando a ladeira, veio o que me esperava
Olha o míssel, morteiro, granada e rojão
É colete à prova de bala e oitão
É xiita, é sunita, rabino e alcorão
É judeu, mussulmano, califa e sultão
No olho quente desse fogo cruzado
Nesse calor danado eu fico a me perguntar
Se o lado humano não vai ter mais horário
Em qualquer calendário
Nesse itinerário de sangue e de dor
Com um enredo bem americanizado
Nesse faroeste brabo, ninguém é santo, doutô!
Deus olha uns e outros olha pro lado
Deserto esburacado
Deixa o povo abastado de ouro negro, sinhô!
Numa terrinha agreste
Eu caí de maduro feito um bicho do mato
Dois toque sem cerimônia
Ali passando a ladeira, veio o que me esperava, assovio
Cuidado que ali vem um canhão
Protege os corno, muié' e o filhão
Na escola, na praça passou o pelotão
Bomba derrubando hospital, sem perdão
Pra mim já deu eu volto pra Pernambuco
Esse mundo tá caduco, bateu os pino de vez
Ando saudoso do ar lá do cerrado
De voltar pro xaxado
Viver sempre excomungado é o que me resta
No fim um recado pra esse povo bandido
Escave, cave fundo no peito
Sempre há um tesouro escondido
Um velho fosso fossilizado
De desejo represado
Que qualquer dia desses brota amor
Brota amor
Até nunca mais
Até nunca mais
Até nunca mais
Até nunca, nunca
Eita Riacho Grande da mulésta
Miséra'
Eu caí de maduro feito um bicho do mato
Cuma fome de três antonti
E a sede de sempre
'Té que parece o nordeste
Só sem beira de praia e jangada
Dois toque sem cerimônia
Ali passando a ladeira, veio o que me esperava
Olha o míssel, morteiro, granada e rojão
É colete à prova de bala e oitão
É xiita, é sunita, rabino e alcorão
É judeu, mussulmano, califa e sultão
No olho quente desse fogo cruzado
Nesse calor danado eu fico a me perguntar
Se o lado humano não vai ter mais horário
Em qualquer calendário
Nesse itinerário de sangue e de dor
Com um enredo bem americanizado
Nesse faroeste brabo, ninguém é santo, doutô!
Deus olha uns e outros olha pro lado
Deserto esburacado
Deixa o povo abastado de ouro negro, sinhô!
Numa terrinha agreste
Eu caí de maduro feito um bicho do mato
Dois toque sem cerimônia
Ali passando a ladeira, veio o que me esperava, assovio
Cuidado que ali vem um canhão
Protege os corno, muié' e o filhão
Na escola, na praça passou o pelotão
Bomba derrubando hospital, sem perdão
Pra mim já deu eu volto pra Pernambuco
Esse mundo tá caduco, bateu os pino de vez
Ando saudoso do ar lá do cerrado
De voltar pro xaxado
Viver sempre excomungado é o que me resta
No fim um recado pra esse povo bandido
Escave, cave fundo no peito
Sempre há um tesouro escondido
Um velho fosso fossilizado
De desejo represado
Que qualquer dia desses brota amor
Brota amor
Até nunca mais
Até nunca mais
Até nunca mais
Até nunca, nunca
Eita Riacho Grande da mulésta
Miséra'
Credits
Writer(s): Guilherme Vieira
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