Rio de Pedra

Tua tristeza é como um rio de pedra
Perene o leito vazio por sob o teu peito vago
De um macio nado pelo teu leite
Realizando o frio de descer a serra
Realizando o frio de descer a serra
Na fuga com certeza a um rio que corre
Que porventura escolhe passar da minha
A um outro vago e vazio vaso de pedra
A um outro vago e vazio vaso de pedra
Não há futuro, é só um obscuro ser
Que no escuro invade as pernas
Não há futuro, é só um obscuro ser
Que no escuro invade as pernas
Somente aceito ao vil querer da mata magra
E amarga à marca serena feita
À tua margem e corta o que te enfeita
Na tua imagem igual de um deus de pedra
Entre as riquezas, entre as durezas e destrezas
Neste impacto de entrelaçar as vidas
Não há razão que eu deite e não te conta à toa
Uma amargura nua ainda é boa
E há mata em muito mais que em teus ombros
E há mata em muito mais que em teus ombros
Neste meio em que te meto em teu meio
Sereia em cena de correnteza
Nas corredeiras sem nenhuma ausência de dor
Nas corredeiras sem nenhuma ausência de dor
É este o meio em que te meto em teu meio
Que com teu meio amor te interna
Que com teu meio amor te interna



Credits
Writer(s): Fi Moreau, Marcelo Bevilaqua
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