Diário de um Preto

Passado sombrio, presente condicionado
Filho do trauma, eu sou um condenado
Que faço agora? futuro ameaçado!
Maltratado, sou um escravizado
Rejeitado, nunca fui amado
Abominado e demonizado
Porquê N'zambi?
Carrego peso nas costas de vários longos anos
Eu sou do povo que há séculos tem sido exterminado
E hoje sofro por causa desse maldito estrago
Enquanto o mundo se cala ninguém repara os danos
Quantos já morreram e se foram clamando socorro?
Acorrentados ou sufocados com pé no pescoço!?
Quantos já lutaram e pensaram em um mundo novo?
Trocaram suas vidas em defesa do próprio povo!?
Vivo a morte, dia e noite, pura extinção
Eles matam, eles riem só na diversão
Por minha pele sou julgado com convicção
Eu sou aquele que o sagrado vê a maldição
A minha crença é ligada a um Deus pagão
Por não seguir monoteísmo, ideia padrão
Sofredor da maldade do próprio governo
Nunca tive acesso a escola, livro e um caderno
A condição do crime e droga foi sujeito ao negro
Vista a minha pele e te digo conhecerás inferno



Credits
Writer(s): Meu Preto O Malandrão
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