Até Que Não
Nasci no cimo dum morro, em baixo duma laranjeira
Pus a parteira no lodo aos batuques na madeira
Rija a casca do meu ovo não rebentara a primeira
Custou-me, mas soube a pouco
Vim com costela tripeira
Vou com o meu chapéu de palha
Sem problema muita calma
'Pas piscinas lá da praia
Trago a coluna comigo
Vim 'pra esticar a toalha
Ver se escrevo aquela malha
Deitar uma de muralhas
E quem quiser é servido
Já montei a minha casa agora monto a minha barca
Letra a letra, faixa a faixa
São pegadas do bambino
Não sei bem se é rota exata
Se compensa, se dá paca
Mas ostenta-me um par de asas
E faz-me sentir mais vivo
Muito mais firme, muito mais rijo
'Pá correria do dia a dia
A farda que visto suga-me quilos
Que necessito para a poesia
Pai se me ouves, fala que eu ouço
Tira-me um pouco dessa rotina
Levaram-me o sol, roubaram-me o brilho, tiraram-me a vida
Mas a vontade não cansa
Puxa por mim no compasso do samba
Um pouco de punch, uma beca de vibe
São oscilações de um jovem balança
Amigo p'ra quem encara, não estranha
Crente porém, não rezo a santa
Receio e também, tenho esperança
De poder vencer, fazer disto herança
Sinceramente até que não
Passo mal mas pera aí
Se vou vingar, porque é que não?
Vou dar uso ao meu latim
Tu lá sabes, eu sei que não
Nunca acreditaste em mim
Duvidaste dum irmão
Que sempre torceu por ti
Sinceramente até que não
Passo mal mas pera aí
Se vou vingar, porque é que não?
Vou dar uso ao meu latim
Tu lá sabes, eu sei que não
Mas tropa eu vou tar sempre aqui
Se precisares duma mão
Tu podes contar comigo
Conta com tudo o que rimo
Com conteúdo incutido
Cada conto acresce um ponto
E a cada sonso acresce um bimbo
Fecha a boca, tapa ouvido
Nova e boa, não duvido
Vida louca é vida adulta
Vida adulta é dar o litro
Então mano, se não levantas do banco
Tens que apertar bem o cinto, tens que agarrar no volante
Mantém-te num só sentido, velocidade constante
É pá apertar mais contigo, não com o comando
Pronto
Tou a dar corda aos putos
Produto da minha gera
É que hoje tu avistas frutos
Porque ontem se avistou a terra
E agora é só vale de tudo, não vale é esquecer do que era
E posso ser tudo, menos político
Ia dar merda
Eu não tenho pressa
Eu vivo da alma, não da maré
A mim nada falta tudo a vontê
Escrevo na pauta o que eu quiser
Ao som desta valsa sonho de pé
E viver da fala boy tenho fé
Não sei quanto é que sai
Se vai ou não vai
Mas é o que eu quero
Sinceramente até que não
Passo mal mas pera aí
Se vou vingar, porque é que não?
Vou dar uso ao meu latim
Tu lá sabes, eu sei que não
Nunca acreditaste em mim
Duvidaste dum irmão
Que sempre torceu por ti
Sinceramente até que não
Passo mal mas pera aí
Se vou vingar, porque é que não?
Vou dar uso ao meu latim
Tu lá sabes, eu sei que não
Mas tropa eu vou tar sempre aqui
Se precisares duma mão
Tu podes contar com
Sinceramente até que não
Passo mal mas pera aí
Se vou vingar, porque é que não?
Vou dar uso ao meu latim
Tu lá sabes, eu sei que não
Nunca acreditaste em mim
Duvidaste dum irmão
Que sempre torceu por ti
Sinceramente até que não
Passo mal mas pera aí
Se vou vingar, porque é que não?
Vou dar uso ao meu latim
Tu lá sabes, eu sei que não
Mas tropa eu vou tar sempre aqui
Se precisares duma mão
Tu podes contar comigo!
Pus a parteira no lodo aos batuques na madeira
Rija a casca do meu ovo não rebentara a primeira
Custou-me, mas soube a pouco
Vim com costela tripeira
Vou com o meu chapéu de palha
Sem problema muita calma
'Pas piscinas lá da praia
Trago a coluna comigo
Vim 'pra esticar a toalha
Ver se escrevo aquela malha
Deitar uma de muralhas
E quem quiser é servido
Já montei a minha casa agora monto a minha barca
Letra a letra, faixa a faixa
São pegadas do bambino
Não sei bem se é rota exata
Se compensa, se dá paca
Mas ostenta-me um par de asas
E faz-me sentir mais vivo
Muito mais firme, muito mais rijo
'Pá correria do dia a dia
A farda que visto suga-me quilos
Que necessito para a poesia
Pai se me ouves, fala que eu ouço
Tira-me um pouco dessa rotina
Levaram-me o sol, roubaram-me o brilho, tiraram-me a vida
Mas a vontade não cansa
Puxa por mim no compasso do samba
Um pouco de punch, uma beca de vibe
São oscilações de um jovem balança
Amigo p'ra quem encara, não estranha
Crente porém, não rezo a santa
Receio e também, tenho esperança
De poder vencer, fazer disto herança
Sinceramente até que não
Passo mal mas pera aí
Se vou vingar, porque é que não?
Vou dar uso ao meu latim
Tu lá sabes, eu sei que não
Nunca acreditaste em mim
Duvidaste dum irmão
Que sempre torceu por ti
Sinceramente até que não
Passo mal mas pera aí
Se vou vingar, porque é que não?
Vou dar uso ao meu latim
Tu lá sabes, eu sei que não
Mas tropa eu vou tar sempre aqui
Se precisares duma mão
Tu podes contar comigo
Conta com tudo o que rimo
Com conteúdo incutido
Cada conto acresce um ponto
E a cada sonso acresce um bimbo
Fecha a boca, tapa ouvido
Nova e boa, não duvido
Vida louca é vida adulta
Vida adulta é dar o litro
Então mano, se não levantas do banco
Tens que apertar bem o cinto, tens que agarrar no volante
Mantém-te num só sentido, velocidade constante
É pá apertar mais contigo, não com o comando
Pronto
Tou a dar corda aos putos
Produto da minha gera
É que hoje tu avistas frutos
Porque ontem se avistou a terra
E agora é só vale de tudo, não vale é esquecer do que era
E posso ser tudo, menos político
Ia dar merda
Eu não tenho pressa
Eu vivo da alma, não da maré
A mim nada falta tudo a vontê
Escrevo na pauta o que eu quiser
Ao som desta valsa sonho de pé
E viver da fala boy tenho fé
Não sei quanto é que sai
Se vai ou não vai
Mas é o que eu quero
Sinceramente até que não
Passo mal mas pera aí
Se vou vingar, porque é que não?
Vou dar uso ao meu latim
Tu lá sabes, eu sei que não
Nunca acreditaste em mim
Duvidaste dum irmão
Que sempre torceu por ti
Sinceramente até que não
Passo mal mas pera aí
Se vou vingar, porque é que não?
Vou dar uso ao meu latim
Tu lá sabes, eu sei que não
Mas tropa eu vou tar sempre aqui
Se precisares duma mão
Tu podes contar com
Sinceramente até que não
Passo mal mas pera aí
Se vou vingar, porque é que não?
Vou dar uso ao meu latim
Tu lá sabes, eu sei que não
Nunca acreditaste em mim
Duvidaste dum irmão
Que sempre torceu por ti
Sinceramente até que não
Passo mal mas pera aí
Se vou vingar, porque é que não?
Vou dar uso ao meu latim
Tu lá sabes, eu sei que não
Mas tropa eu vou tar sempre aqui
Se precisares duma mão
Tu podes contar comigo!
Credits
Writer(s): Christian Martins Salazar, José Luís Trolho Magalhães, Pedro Miguel Gomes Rodrigues, Riza Penjoel
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