Esparsa

Na nuvem esparsa se faz a fumaça
Enquanto enquadro a face na tela em que passa
No corpo cheio do uísque vazio
Na noite sombria, na guerra em que cala

Do gosto à vida que sana a ferida
Da gente ungida, do pecado à farsa
Que a mente ultrapassa

No novo, o medo, na vida, receio
No raso sem fundo, no plano, o mundo
Não vou mais saber de solidão
Sei o quanto que esperei

Cintila a vidraça nas pernas da garça
A foto é um disfarce e a vista embaça
Cortada ao meio, tremendo de frio
A avenida assovia no canto da sala

No rosto a isca aponta a saída
Da corda roída que o diabo esgarça
Incêndio sem fumaça

No novo, o medo, na vida, receio
No raso sem fundo, no plano, o mundo
Não vou mais saber de solidão
Sei o quanto que esperei em vão



Credits
Writer(s): Juliano Holanda, Marcelo Cavalcante
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