A Morte do Vaqueiro

Ê gado, oi
Ê-ê-ê-ê-ê-ê-ê

Numa tarde bem tristonha
Gado murge sem parar
Lamentando seu vaqueiro
Que não vem mais aboiar

Não vem mais aboiar
Tão dolente a cantar

Tengo lengo, tengo lengo
Tengo lengo, tengo
Tengo lengo, tengo lengo
Tengo lengo, tengo
Ê gado, oi

Bom vaqueiro nordestino
Morre sem deixar tostão
O seu nome é esquecido
Nas quebradas do sertão

Nunca mais ouvirão
Seu cantar, meu irmão

Tengo lengo, tengo lengo
Tengo lengo, tengo
Tengo lengo, tengo lengo
Tengo lengo, tengo
Ê gado, oi

Sacudido numa cova
Desprezado do senhor
Só lembrado do cachorro
Que ainda chora a sua dor

É demais, tanta dor
A chorar com amor

Tengo lengo, tengo lengo
Tengo lengo, tengo
Tengo lengo, tengo lengo
Tengo lengo, tengo
Ê gado, oi
Ê-ê-ê-ê-ê-ê-ê

Êta forrozão
Ô saudade do meu sertão
Do meu Taperoá
Do meu Campo do Coxo
Essa conta a história
De um bom vaqueiro nordestino!

Tengo lengo, tengo lengo
Tengo lengo, tengo
Tengo lengo, tengo lengo
Tengo lengo, tengo
Ê gado, oi
Ê-ê-ê-ê-ê-ê-ê



Credits
Writer(s): Luiz Gonzaga Do Nascimento, Nelson Barbalho De Siqueira
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