Fado Das Amarguras

Meu amor, se me és o mundo
Nestas minhas desventuras
Podes ver quanto me afundo
No lodo das amarguras

Meu amor, se me és o mundo
Nestas minhas desventuras
Podes ver quanto me afundo
No lodo das amarguras

Não posso viver contente
De meu próprio natural
O meu bem corre-me mal
E o meu mal é recorrente
Mas a mim infelizmente

Parece que mais abundo
Em tristezas num segundo
Do que os mais em toda a vida
És a história repetida
Meu amor, se me és o mundo

Meu amor, se me és o mundo
Nestas minhas desventuras
Podes ver quanto me afundo
No lodo das amarguras

Meu amor, se me és o mundo
Nestas minhas desventuras
Podes ver quanto me afundo
No lodo das amarguras

Eu dei, tu deste, nós demos
Um ao outro a vida acesa
Tinha a força da represa

Darmos tudo o que pudemos
E as palavras que dissemos
De paixão e ardente juras
Os afagos, as ternuras

Tudo isso agora parece
Que não trava o que acontece
Nestas minhas desventuras

Meu amor, se me és o mundo
Nestas minhas desventuras

Meu amor, se me és o mundo



Credits
Writer(s): Rogério Charraz, Vasco Graça Moura
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