Mato grosso

Eu sou subversivo e, por isso, não sirvo
A nenhum projeto de esboço
Vai pensando que é relva, vai se deparar com a selva, vai
Se perder no Mato Grosso

Eu sou seco e molhado, embrenhado em feitiço
Sou bandido, sou pecado, eu não faço seu tipo
Pois é, sujeito estranho, à flor da pele, estava escrito
Que, ao cair da tarde, um brasileiro vivo

Daqueles inclassificáveis, sempre perseguido
Chamado de vagabundo... um beijo bandido
Iria provar ao mundo, as aparências enganam
Quem não vive tem medo da morte, as matas me chamam

Eu sou subversivo e, por isso, não sirvo
A nenhum projeto de esboço
Vai pensando que é relva, vai se deparar com a selva, vai
Se perder no Mato Grosso

O Brasil tá mais careta, conforme o tempo passa
Na água do céu-pássaro, continuo vira-lata de raça
Conectado com a mata, conectado com os bichos
Com o princípio organizador do infinito

Pescador de pérolas, atento aos sinais
Com olhos de farol, eu enxergo além do cais
Destino de aventureiro que me xingou de bugre
Eu fiz foi carnaval, bloco na rua e batuque

(Vou fazer o que eu quiser, tá?)
(Num tem que ter medo de nada, né)
(Não me submeto ao medo)

Eu sou subversivo e, por isso, não sirvo
A nenhum projeto de esboço
Vai pensando que é relva, vai se deparar com a selva, vai
Se perder no Mato Grosso

Não tenho medo do tempo, o tempo sou eu
Canto em qualquer canto, o canto é luz pra todo breu
Não tenho medo do tempo, o tempo sou eu
Canto em qualquer canto, levo o novo ao museu



Credits
Writer(s): Vitor Barbosa
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