Paisagem (Ao Vivo)

Cheira pólvora, frio de mármore
Vê que agora há quantas árvores
Condecora nossos raptores
Nos arredores tudo já pertence aos roedores

É hora que o vermelho colore o folclore
É louco como adianta pouco, mas ore
Com sorte, talvez piore
Não se iluda, pois nada muda
Então só contemple as flores e

Acende a brasa, esfregue as mãos
Desabotoa um botão da camisa
Sinta-se em casa, imagine o verão
Ignore a radiação da brisa

Sintoniza o estéreo com seu velho jazz
Prum pesadelo estéril até durou demais
Reconheça sério que o mal foi sagaz
Como um bom cemitério tudo está em paz

Em paz
Em paz
Em paz
Em paz
Tudo está em paz

Em paz
Em paz
Em paz
Tudo está em paz

Com o peso dos dias nas contas brindamos com fél
Num silêncio que permite ouvir as nuvem raspar no céu
Sem faróis, nos faróis, descendentes de faraós ao leo
E a cena triste insiste em te dar um papel

Em algum lugar entre a rua e a minha alma
Estampido e a libido trepa, entre gritos de calma
Bem louco de like brisa
Que a rede social dá o que nóis quer
Enquanto rouba o que nóis precisa

Porque nada é sólido, nada
Beijos cálidos, fadas
Tudo insólito, cara
Sente o hálito, afaga

Rosto pálido, é foda
Eu quero um bálsamo, para
Esse tempo sádico, encara
Puta sonho inválido, acorda

Ansiedade corrói como ferrugem
O passeio dá vertigem
Ver que os monstros que surgem
Tem origem na fuligem do Vale

Quem diria, a pobreza de espírito aqui
Fez a de grana se tornar um detalhe
Dizem os jornais: Calma, rapaz, espere e verás
Tudo está em paz

Em paz
Em paz
Em paz
Em paz
Tudo está em paz (em paz)

Em paz (em paz)
Em paz (em paz)
Em paz
Tudo está em paz



Credits
Writer(s): Leandro Roque De Oliveira, Vinicius Leonard Moreira, Thiago Dos Reis Pereira
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