Desalento

Dizer
Que dói por ter sofrido tudo que eu vi aqui
Sem me mexer
Sem ter
O impulso necessário pra me levantar
Desse lugar

Onde eu fiz
O que podia pra não sumir
Onde eu fui
Um desalento estendido no chão

Vem ver
Que o som de quando quebra o que restou de ti não vibra mais

Por ser
A força necessária pra me importar
E nem voltar

Onde eu fiz
O que podia pra não sumir
Onde eu fui
Um desalento estendido no chão

E ainda é cedo, você diz
E ainda é cedo pra quem?

Talvez seja tarde
Mas não perco mais o tempo que eu não vi
Não quero a metade
Quero tudo que levou de mim
Se fosse vaidade
Eu não teria ido até o fim
Que seja verdade
Ou não se atreva a vir
Tão perto assim

Anular, não se trata de confortar
Quem não teria mentido?
E quem disse que não há nada a temer?
Me vi tremendo por dentro
Vem cá e me diz que vai passar
Deixa eu ficar mais um tempo?
Prometo não atrapalhar

A solidão é o abrigo do medo
A solidão é o abrigo do medo
A solidão é o abrigo do medo



Credits
Writer(s): Gabriel Ayres Zander Paturle, Marcelo Bastos Carneiro Da Cunha, Gabriel Arbex De Freitas, Carlos Henrique Rodrigues Fermentao
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