Na Sacada

O vento sopra as folhas secas muito tortas
O sopro da cidade, ser poeira é ser
Naquele apartamento boca cheia cospe
Não pisa em lata velha só quer maldizer
Nesse covil só tem vez pra cretino

O Carro grande e bom semblante de fachada
Sirene à força ecoa e te faz correr
São quatro da manhã quatro carrascos dormem
É meio dia, é hora de matar pra ver
Nesse covil só tem vez pra cretino

E eu nunca imaginei que espreitava
De madrugada na sacada
A calçada era feia e me desestimulava
E eu não pulava
E quando eu pensava no troco
Só vinha na cabeça um meu deus valei-me
Nesse covil só tem vez pra cretino

É frio e é sozinho e sempre sonha alto
Boleto, juros, foi muito suor em risco
E quando acaba a fala a respirada falha
Escuta a voz contrária e vai matar aos gritos
Nesse covil só tem vez pra cretino

E eu nunca imaginei que espreitava
De madrugada na sacada
A calçada era feia e me desestimulava
E eu não pulava
E quando eu pensava no troco
Só vinha na cabeça um meu deus valei-me
Nesse covil só tem vez pra cretino



Credits
Writer(s): érico Ferry De Oliveira
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