Compositor Analfabeto

Toca o coração pulsa o violão
Compositor analfabeto num dia sem luz
Num violão sem cordas, a música sem refrão
Sem direção que a conduz
As vozes da cachoeira,
o silencio desta canção
Mal traçada letra pálida,
que nunca compus

A brisa não retorna a ver as flores
O Sol não beija mais o chão
Numa Paixão todos amores,
numa corda todo o som

A Nuvem sem fumaça,
o gago quer ser cantor
Num festival sem taça canta,
o Analfabeto compositor
Tira a clorofila da mata,
mas não tira a voz deste cantor

Leio a espiral de um caracol
Mais enrolado que eu ninguém
A chuva não me molha, não enxergo o sol
Estou contido num universo que não me contém

Observo as estrelas que boiam na imensidão do universo
Passo-as para o papel para tê-las, apenas fazendo alguns versos
Sob a luz da lua, apreciando o seu brilho
Mesmo sem ter auxílio, como é que ela flutua?

Leio a espiral de um caracol
Mais enrolado que eu ninguém
A chuva não me molha, não enxergo o sol
Estou contido num universo que não me contém

Observo as estrelas que boiam na imensidão do universo
Passo-as para o papel para tê-las, apenas fazendo alguns versos
Sob a luz da lua, apreciando o seu brilho
Mesmo sem ter auxílio, como é que ela flutua?



Credits
Writer(s): Sandoval Barbosa Rodrigues
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