De Machista pra Machista
Trinta caras, uma mina
Em coma? Morta? Desaparecida ainda
Trinta doentes?
Pior que não, eles sabiam exatamente o que faziam, Jão
"Mas é instinto!"
Shiii! Cê tá enganado!
Cria dessa cultura pode que absolve estuprador de adolescente
O próprio avô delegado
"Cê é loko!"
Louco aqui só tem nós, que culpabiliza a vítima
Pela saia ou pela bebida ao invés de seu algoz
Monstros comuns, eu e você,
Forjados no machismo bruto sem perceber que a cada olhar,
Abordagem, assobio
Vídeo "vazado" no whatsapp, comentário sombrio,
Cada "vadia" e "novinha" proferido, cada risada de piada de amigo,
Cada investida depois de um não, cada esbarrada ou deixada de mão,
Cada fala interrompida, cada "sua doida varrida!",
Cada roupa deixada pra lavar e louça suja na pia,
Cada tentativa de submissão
Vinte e tantos anos de bunda decorativa no programa do Faustão
Vai descendo elas do status de pessoa pro de coisa, posse, chiclete
Que pode ser rifada, mascada,
Fatiada com canivete sem nos gerar vergonha ou culpa
Deixamos vagando esse sentimento,
Esse vulto, perpetuando em cada gesto a cultura do estupro,
Com consciência ou não da gravidade da situação
Agora, de machista pra machista,
Já passou da hora da gente entender
Que o estrago que nós faz tá a perder de vista
E nesse mar histórico de violência psicológica e física,
Nossa barca, irmão, é a mesma dos nazistas
Em coma? Morta? Desaparecida ainda
Trinta doentes?
Pior que não, eles sabiam exatamente o que faziam, Jão
"Mas é instinto!"
Shiii! Cê tá enganado!
Cria dessa cultura pode que absolve estuprador de adolescente
O próprio avô delegado
"Cê é loko!"
Louco aqui só tem nós, que culpabiliza a vítima
Pela saia ou pela bebida ao invés de seu algoz
Monstros comuns, eu e você,
Forjados no machismo bruto sem perceber que a cada olhar,
Abordagem, assobio
Vídeo "vazado" no whatsapp, comentário sombrio,
Cada "vadia" e "novinha" proferido, cada risada de piada de amigo,
Cada investida depois de um não, cada esbarrada ou deixada de mão,
Cada fala interrompida, cada "sua doida varrida!",
Cada roupa deixada pra lavar e louça suja na pia,
Cada tentativa de submissão
Vinte e tantos anos de bunda decorativa no programa do Faustão
Vai descendo elas do status de pessoa pro de coisa, posse, chiclete
Que pode ser rifada, mascada,
Fatiada com canivete sem nos gerar vergonha ou culpa
Deixamos vagando esse sentimento,
Esse vulto, perpetuando em cada gesto a cultura do estupro,
Com consciência ou não da gravidade da situação
Agora, de machista pra machista,
Já passou da hora da gente entender
Que o estrago que nós faz tá a perder de vista
E nesse mar histórico de violência psicológica e física,
Nossa barca, irmão, é a mesma dos nazistas
Credits
Writer(s): Emílio Sant Anna Gomes
Lyrics powered by www.musixmatch.com
Link
© 2024 All rights reserved. Rockol.com S.r.l. Website image policy
Rockol
- Rockol only uses images and photos made available for promotional purposes (“for press use”) by record companies, artist managements and p.r. agencies.
- Said images are used to exert a right to report and a finality of the criticism, in a degraded mode compliant to copyright laws, and exclusively inclosed in our own informative content.
- Only non-exclusive images addressed to newspaper use and, in general, copyright-free are accepted.
- Live photos are published when licensed by photographers whose copyright is quoted.
- Rockol is available to pay the right holder a fair fee should a published image’s author be unknown at the time of publishing.
Feedback
Please immediately report the presence of images possibly not compliant with the above cases so as to quickly verify an improper use: where confirmed, we would immediately proceed to their removal.