Preços e Adereços

Um operário da mente se engana ao pensar
Que está
A par do que sente jamais vai desmoronar
Se liga chapa, a cuca embaça
Da faca ao fio
Do brio a maca, se cê não encaixa, as ideia
Haja tempo na laje pro cê pensar
Nas viga dessa sua estrutura, em qual ferida é
Escura, em qual sutura é a cura
Apura a sua bravura, na qual seu eu matura e
Evite as viatura
De dentro e fora, afia a espora
Mas não esqueça de que é inevitável sofrer
Mas isso é só no agora, maior lição da escola
O estável é fluidez, eu vi foi vez por vez
Foi quando eu despi a
Ilusão do fim e, enfim olhei pra mim e com calma eu senti que
Por hoje eu aceito, meu erro e meu defeito, meu
Riso e meu lamento, da obra meu
Cimento
Tropeços e acertos, preços e adereços, escorrem
Pelos dedos, no tempo um
Lampejo
Relampejando me aceito como sou
Jamais pedi permisso
Às vezes fui omisso e hoje o
Meu compromisso é poder dizer quem sou
Sem adereço, sem maquiagem, eu me mereço e
Me abraço não aceito mais miragem
Nem
Tudo vai ficar bem
Mas se fixar em falhas de triagem
Esquece a listagem
De boas imagem
Ajusta a dosagem do que espera ser, aceite o seu ser
Por um instante é possível vislumbrar
Kintsugi imperfeito que é tao belo tal o real
O montante do levante só assim pra mensurar
Quanto que há pra ser feito regra um do
Radical
Se eu quero mudar essa porra
É natural que eu me inclua um palhaço nessa zorra
Porra é foda, a mesma historia, ou corra ou
Explora ou espora ou moda, ou morra ou
Inova, cansei to fora
Olhei pro tempo e me vi fluindo livre
Por onde me prendi, por onde vi declive
Por onde tropecei, por onde me detive, sem
Esse impulso, jamais seria um russo
Se é que cê me entende
Tropeços e acertos, preços e adereços, escorrem
Pelos dedos, no tempo um
Lampejo



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