Amor À Favela

Ao grande mestre
Arlindo!

Os barracos de hoje são de alvenaria
Não tem mais o silêncio da Ave Maria
Hoje tudo é segredo e circula o medo
Em cada viela

Hoje o morro tem dono, também tem disputa
Um total abandono, filhos que vão à luta
Gente que não se cansa
Poesia, esperança e amor à favela

A música mudou, a rosa já não fala
Não canta, nem sorri
O encanto acabou, injustiça e dor
É o que tem por aqui

Crianças sem controle
Sem o valor da vida
Comunidade chora
Mocidade perdida

Mas ainda tem malandro
Que chega tarde em casa
E que implora à patroa
Por favor, me perdoa!
Pra ficar numa boa
Ensaboa, ensaboa

Mas ainda tem malandro
Que chega tarde em casa
E que implora à patroa
Por favor, me perdoa!
Pra ficar numa boa
Ensaboa, ensaboa



Credits
Writer(s): Arlindo Domingos Da Cruz Filho, Roger Jose Cury
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