Vento do Metrô

Eu tô cansado de tentar o grande amor
Eu tô cansado de tentar apagar essa dor
Mas se tudo é experiência, eu quero a ciência
De poder gostar de mim como eu sou

Eu sou a ponta que você desperdiçou
Eu sou a onda brava que em você quebrou
A mancha roxa da tua coxa, o corte no teu lábio seco
O vento que sacode o teu cabelo no metrô

A vida é curta pra gente viver assim
E a esperança dança no fundo de mim
Porque tudo vale algum amor
Porque tudo vale algum amor

Me acostumei a viver sempre por um triz
Já não aceito a culpa pelo que eu não fiz
Minha envelhecida adolescência
Me traz a consciência de poder seguir em frente
Como eu sou, enfim, como eu sou

O teu cabelo amarelo
Cabe em qualquer coração
Eu me desfaço igual gelo
Quando encosta no vulcão

Essa é a chuva que tardou tanto em chegar
Esse é o escuro que se adianta pra brilhar
Esse é o gesso que se quebra, o osso que se regenera
É a alegria que já não se espera
Que chegou, que enfim chegou

A vida é curta pra gente viver assim
E a esperança dança no fundo de mim
Eu me liberto e então eu digo: Sim

Porque tudo vale algum amor
Porque tudo vale algum amor
Porque eu sou do jeito que eu sou
Tudo vale algum amor



Credits
Writer(s): Helio Prado Neto
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