Não Solto a Mão

Eu não solto a mão dos povos indígenas
das mulheres negras, dos jovens das vilas

Eu não solto a mão dos povos indígenas
das mulheres negras, dos jovens das vilas

Tampouco daquelas pessoas que, sob tapumes
adormecem nas ruas, à mercê de você
À mercê do sol, dos humores alheios
quando é frio viver

Marcho com aquelas que marcham em busca de terra
para semear a terra e dar de comer
Dar de comer com o germe de um novo mundo
com amor, sem veneno, compaixão seminal

Eu não solto a mão dos povos indígenas
das mulheres negras, dos jovens das vilas

Eu não solto a mão dos povos indígenas
das mulheres negras, dos jovens das vilas

Também de quem vive o amor acima dos dogmas
e goza o prazer para além dos tabus
Todo sujeito que ergue as giga cidades
e faz girar a riqueza, mas só colhe migalhas

Ai, esse objeto da ganância alheia
de cujos direitos fazem farelos
Que se acumulam em pecado
na gorda palma da mão invisível
do insensato e incensado mercado

Ninguém solta a mão
Ninguém solta a mão
Ninguém solta a mão de ninguém
Solta não
Ninguém solta a mão
Ninguém solta a mão
Ninguém solta a mão de ninguém
Solta não
Minha mão é tua mão
Tua mão é minha mão
Nossas mãos são nossas mãos
Nossas mãos são nossas



Credits
Writer(s): Carlos Hahn
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