Calorosa feat. Augusto Krebs, Bruno el Joe, Karola Nunes & Paulinho Nascimento -
Pacu e Pequi (feat. Augusto Krebs, Bruno el Joe, Karola Nunes & Paulinho Nascimento) - Single
Manifesto Calorista (feat. Augusto Krebs, Bruno el Joe, Karola Nunes & Paulinho Nascimento)
Fora do eixo do progresso
No cêsso do universo
Na América do Sul
Tamo no centro geodésico
Entre o céu e o inferno
Entre a Europa e o Xingu
Um tanto a margem do tempo
No descaminho do centro
Mas nunca atrasado
Chego trazendo notícias
Entre arroba e novilha
Arte aqui é mato
É vocação ou equivoco lado a lado
Aqui mais valia é a vida de gado
Semente que brota no meio do pasto
Trago prejuízo pro povo do agro
Sou filha da terra, sou filho do mato
Vida ribeirinha pagando pecado
Sou filho de bugre, de pé rachado
Cerrado que nasce mesmo incendiado
Sou filha da mata, sou filho do mato
Strobo de sol na molera tapo com peneira as dores de cá
A pele que brilha também sente as dores
Maria taquara mood milenar
Eixo Rio-São Paulo
Enche o rio Cuiabá
Enche os nove eixos de grão pra exportar
Sou mato rasteiro e trago notícias de cá
Um tanto a margem do tempo
No descaminho do centro
Mas nunca atrasado
Chego trazendo notícias
Entre arroba e novilha
Arte aqui é mato
O agro não é pop, o que é pop é a ignorância
O mato não é pop, o pop não conhece a nossa dança
O agro não é pop, o que é pop é a ignorância
O mato não é pop, o pop não conhece a nossa dança
O agro não é tech, não é pop, não é tudo
O mato cresce num instante engole o muro
O agro não é tech, não é pop, não é tudo
O mato cresce num instante engole o mundo
Geodesicamente falando
Aos 15 graus 35 minutos 56 segundos de latitude sul e
56 graus 06 minutos 05 segundos de longitude oeste
Trazemos boas novas
Netos de Bororos ou Xavantes
Somos também Tupis, Guaranis
Confinados em Xingu
É preciso sair, fugir, gritar
Mas queremos estar neste lugar, queremos ficar
O que temos não é um dom, não é uma habilidade
Não é uma propriedade
O que somos é algo que não existe na língua
Mas existe na mata e na cidade, nas ruas e nas esquinas
Na viela do corgo e na curva do rio
É urgente liberar essa quentura que não se abana
Para além do gole de cachaça que desce num suadô
É preciso um Manifesto Calorista
Calorismo é Ponto de Terreiro, é Oferenda de Encruzilhada
É garrafa de Raizêro, é Parteira comunitária
É Taquara revolucionária, é Mãe Bonifácia
Acolhedora de jornadas
É Siriri e Cururu com conga e chimbal
É inspiração do mangue, a urgência do Pantanal
É hi-tech folclórico e tradição contemporânea
É Minhocão do Pari na vida subterrânea
É viajante que mora em cima do sapato
É Vila Rica, é Mata Cavalo
O rio que o asfalto engoliu
A maritaca que o prédio cuspiu
É o verde que brota quebrando o cimento
É pedido de chuva nos dias de fogo de setembro
É a toalha molhada no quarto pra umedecer o tempo
É estar sempre uma hora no passado, calculando o tempo
Pra estar no futuro adiantado
É o cheiro inebriante do incomparável sabor do pequi
O pequi antes de ser calórico é calorista
É o calor em forma de fruta que tanto inspira a nossa luta
Luta de ser o que se é...
Caloroso e radiante, pé rachado dançante
No cêsso do universo
Na América do Sul
Tamo no centro geodésico
Entre o céu e o inferno
Entre a Europa e o Xingu
Um tanto a margem do tempo
No descaminho do centro
Mas nunca atrasado
Chego trazendo notícias
Entre arroba e novilha
Arte aqui é mato
É vocação ou equivoco lado a lado
Aqui mais valia é a vida de gado
Semente que brota no meio do pasto
Trago prejuízo pro povo do agro
Sou filha da terra, sou filho do mato
Vida ribeirinha pagando pecado
Sou filho de bugre, de pé rachado
Cerrado que nasce mesmo incendiado
Sou filha da mata, sou filho do mato
Strobo de sol na molera tapo com peneira as dores de cá
A pele que brilha também sente as dores
Maria taquara mood milenar
Eixo Rio-São Paulo
Enche o rio Cuiabá
Enche os nove eixos de grão pra exportar
Sou mato rasteiro e trago notícias de cá
Um tanto a margem do tempo
No descaminho do centro
Mas nunca atrasado
Chego trazendo notícias
Entre arroba e novilha
Arte aqui é mato
O agro não é pop, o que é pop é a ignorância
O mato não é pop, o pop não conhece a nossa dança
O agro não é pop, o que é pop é a ignorância
O mato não é pop, o pop não conhece a nossa dança
O agro não é tech, não é pop, não é tudo
O mato cresce num instante engole o muro
O agro não é tech, não é pop, não é tudo
O mato cresce num instante engole o mundo
Geodesicamente falando
Aos 15 graus 35 minutos 56 segundos de latitude sul e
56 graus 06 minutos 05 segundos de longitude oeste
Trazemos boas novas
Netos de Bororos ou Xavantes
Somos também Tupis, Guaranis
Confinados em Xingu
É preciso sair, fugir, gritar
Mas queremos estar neste lugar, queremos ficar
O que temos não é um dom, não é uma habilidade
Não é uma propriedade
O que somos é algo que não existe na língua
Mas existe na mata e na cidade, nas ruas e nas esquinas
Na viela do corgo e na curva do rio
É urgente liberar essa quentura que não se abana
Para além do gole de cachaça que desce num suadô
É preciso um Manifesto Calorista
Calorismo é Ponto de Terreiro, é Oferenda de Encruzilhada
É garrafa de Raizêro, é Parteira comunitária
É Taquara revolucionária, é Mãe Bonifácia
Acolhedora de jornadas
É Siriri e Cururu com conga e chimbal
É inspiração do mangue, a urgência do Pantanal
É hi-tech folclórico e tradição contemporânea
É Minhocão do Pari na vida subterrânea
É viajante que mora em cima do sapato
É Vila Rica, é Mata Cavalo
O rio que o asfalto engoliu
A maritaca que o prédio cuspiu
É o verde que brota quebrando o cimento
É pedido de chuva nos dias de fogo de setembro
É a toalha molhada no quarto pra umedecer o tempo
É estar sempre uma hora no passado, calculando o tempo
Pra estar no futuro adiantado
É o cheiro inebriante do incomparável sabor do pequi
O pequi antes de ser calórico é calorista
É o calor em forma de fruta que tanto inspira a nossa luta
Luta de ser o que se é...
Caloroso e radiante, pé rachado dançante
Credits
Writer(s): Augusto Krebs, Bruno El Joe, Karola Nunes, Paulinho Nascimento, Vini Barros
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