Para Bellum

Liip on the track

Pra cada cara igual a eu existem mil como vocês
Que se acovardam, se entregam, não veem outra saída
Não peça paz, são tempos de escassez
Pro coração só o que importa é a próxima batida

São dias ruins de caos, bem-vindo ao funeral
No tribunal virtual, ouro de tolo reluz
Tu quer viver? Então destrava o Parafal
Sentimentos suprimidos são feridas com pus

Que te matam, apodrecem por dentro, é foda
Anti depressivos já não curam mais nada
Odiar vicia como droga e
E amar, às vezes é uma emboscada

Eu fiz dinheiro pra caralho no último ano
Com ele veio os problemas, que baita ironia
E o por que eu tinha tudo conforme meus planos
Mas não dormia a noite e muito menos de dia?

Eu sei que é foda imaginar um outro desfecho
Pensar no passado é como um tiro no peito
Desculpa esse meu jeito tentando ser de aço
É que esconder os sentimentos é a forma mais fácil

Então eu sou o tipo de cara que nunca reclama
Não entendo esses versos como se fosse isso
Meus problemas são só meus, eu odeio drama
Talvez por isso nunca entendam o meu sumiço

A maioria das pessoas? Pra mim, descartáveis
Não valem a pena, e pelo que tenho vivido
Não confio em mais ninguém, nunca sociável
Infelizmente deixei alguns corações partidos

Me desculpa, mas não restaram opções
Fechei meu mundo pra estranhos, sem mais amizades
É que as vivências que eu tive só decepções
A algum tempo eu perdi a fé na humanidade

Sinto meu sangue em chamas, as minhas veias fervem
Pois, quando o corpo não aguenta é a moral que me ergue
Lutando contra meus demônios como maldição
Queda de braço infinita: eu e a depressão

Eu sinto essa pressão de ser uma referência
Mas o destino é uma piada, não tem diretrizes
Eu outsider, nunca gostei de estar em evidência
Agora holofotes expõe as minhas cicatrizes

Talvez é o preço a pagar por essa posição
E a merda do luxo que nem eu mesmo aproveito
Vi que amizade nesse corre é pura ilusão
E 9 em cada 10 tá só por tirar proveito

Eu vejo uns merda mudar o estilo só pra ser aceito
Mas no final o sangue de todo mundo é vermelho
Eu sou real tu pode até não gostar do meu jeito
Pelo menos me reconheço ao olhar no espelho

Então eu rio dessa cena, todos tão iguais
Talvez culpa dos pais, antiga geração
Nos educaram achando que éramos especiais
Criaram adultos que não lidam bem com frustração

Mas meu coroa é sangue ruim e me moldou pra guerra
E sendo um homem feito construí o meu caminho
Então que se foda esses putos geração Nutella
Minhas conquistas são só minhas, eu sangrei sozinho

Tua ideia de sentir pena de si mesmo é desprezível
Não há dignidade na passividade
Eu sou diferente, meu sangue ferve
Mesmo em batalhas perdidas, frente a derrota certa
E ao desespero, eu continuo
Você pode me ver morto, mas não de joelhos
Si vis pacem para bellum



Credits
Writer(s): Welington Gilvan Da Silva
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