Tempos de Glória

Um novo dia clareia, com cavalos na praia
Eu sinto o vento selvagem na minha cama de areia
Os deuses, à toa, nos propõem um dilema
Regar a tua flor pode acabar na fogueira

Amar teu igual, o corpo te queima
O prata da pele, a pele incendeia
Teu olho molhado na sexta-feira
Alivia teu peito, já é de manhã

Nós corremos nossa vida inteira
Agora já podemos descansar
Deita e o vento te leva
Pra onde você deve estar

Tempos de glória

Fomos reis e rainhas, sem trono ou altar
Tua língua e tua boca me sujam sem desculpar
Minhas mães me criaram pra um mundo bonito
Me mataram ontem, mas nunca me senti tão vivo

Nós corremos nossa vida inteira
Agora já podemos descansar
Deita e o vento te leva
Pra onde você deve estar

Tempos de glória

Deve ser você aqui
Deve ser a gente ali num mundo novo
Deve ser você aqui
Talvez, talvez



Credits
Writer(s): Joao Vitor Romania Balbino
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