Apartamento Conjugado

Entre as paredes do conjugado
O panorama de amontoado
Um sentimento de asfixia
Entre as paredes do conjugado
As sombras formam embaralhado
Sem ar, sem verde, sem luz do dia

No conjugado, a luz constante
Sem expectativa o alvorecer
Um sonho, sonhos mesmos mágicos
O que me acordem vou morrer

Essas paredes
São como grades
Iguais a muros
Alto demais

Quem está dentro
Dá gritos e rumos
Quem está fora
Não houve mais

Entre as paredes do conjugado
Eu escondi o vergonhado
Buscando espaço pro meu corpo
Entre as paredes do conjugado
Eu tenho pena de estar vivo
Eu tenho medo de estar morto

Eu me confundo entre as paredes
Eu me derrubado do chão ao teto
O embaralhado das minhas redes
Sonho te juro acordo concreto

Essas paredes
São como grades
Iguais a muros
Alto demais

Quem está dentro
Dá gritos e rumos
Quem está fora
Não houve mais



Credits
Writer(s): Alipio Dos Santos Martins, Maria Mirian Martins
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