Senhora do Chiado

Tão velha e bonita
Menina sem tempo
A cantar acredita
Que a sua desdita
É uma quadra de vento

No coração do Chiado
À boca do Carmo
Sentada num banco
Na esquina da tarde
Há um rosto de fado
Que vejo e desarmo
Num sorriso que arranco
Ao passado que arde

Acalmam-se as pressas
Entrego um abraço
E canto com ela
Mil versos da vida
No fim as promessas
Um olhar feito laço
E no rir tagarela
Regresso à corrida

Quando a tarde vai
Tal véu do destino
A noite acontece
Nem sombras de alguém
É quando ela sai
Com seu ar divino
Lisboa adormece
E ela também

Tão velha e bonita
Menina sem tempo
A cantar, acredita
Que a sua desdita
É uma quadra de vento

Tão velha e bonita
Menina sem tempo
A cantar, acredita
Que a sua desdita
É uma quadra de vento



Credits
Writer(s): João Domingos, Tiago Miguel Correia
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