Olhos Negros (Devaneio)

Toda onda que há em mim é muito grande
(Muito grande)
Onda aqui em mim é enorme (enorme)
Gigante (gigante)

Devaneio, sou vento
Assim me voy, uh-uh
Como que ficaram? Ei (como que ficaram?)
Como que ficarão?

Depois de ver o céu cair, ei
Onde eu quis desaguar?
Desconfio do tempo
E o meu peito acicular

Enquanto isso a flor da idade me invade
Calor da tarde invadir
Com que olhos cê vai me ver?
Ou com os olhos de quem?

Quem fecha eles pra me sentir?
E nos ver enfim
Se os semáforo se apagam
O que fazem?
Se supôs me incendiar
Não me apaguem, não, uh

Caminho com minha sombra
Meu caminho não me assombra
E os gritos pela manhã
Rastros sem olho nu

Desculpa o exagero
Queria tempestade em um copo seco
Molhar meu tento

Teus olhos negros (teus olhos negros)
Se foram na escuridão
Numa madruga infinita
Seus olhos se foram, se foram
Sem despedida, ê, sem despedida

Ao som do apego permito nova canção
Nova versão de um velho corpo
Mesma cidade, novos trampos
Quando o sorriso dura pouco
Quê que polui o meu rosto?

Sou passageira, viagem sempre é
Ocupo o meu próprio mundo
Onde tudo vale nada
Onde viver nunca mata
Quanto que custa migalhas?

Amar disposta
E ser o que quiser

Saiba que eu sempre estarei aqui
Sempre, sempre, sempre
Eu sempre estarei aqui

Eu sinto o teu olhar, me arde o coração
Preciso desaguar nos rios
Essa solidão que insiste em enraizar
Aqui dentro de mim, no peito

Vou me subverter à falta
Ah, falta, o que você me faz?

Caminho é certo
Me leva pra cantar
Palavras soltas
Sentido hão de achar
Algum lugar

Certezas, clarezas
Critérios pra ficar
Leveza, pureza
Aqui dentro de mim, aqui

Fecho os olhos pra poder te ver
Sigo mesmo se eu quero hesitar
Sempre foi difícil sem você
Nunca consegui me acostumar

Na imensidão do teu olhar (eu juro)
Nunca esquecer, quero me arriscar

Teus olhos negros
Me encontram na escuridão
E o meu sossego
Se parte em confusão



Credits
Writer(s): Gabrielle Farias Lopes, Guilherme Bonates, Gabriella Assis
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